Alguns jornalistas talvez não saibam, ou façam pouco caso dessa faceta do seu ofício, mas o certo é que a imprensa como um todo exerce importante função na difusão do conhecimento e conseqüentemente na melhoria da educação do país. Is
so se dá através da transmissão de notícias, leitura de reportagens, onde até inconscientemente o leitor vai incorporando conceitos ou mesmo aprendendo a escrever. Daí a preocupação quando são veiculadas informações inverídicas, em desacordo com a língua portuguesa, com a legislação nacional, algo do gênero. Neste momento, sem necessidade de qualquer pesquisa aprofundada, vê-se no portal Correio a manchete "Assaltante de ônibus faz criança refém em Praia Grande", fazendo menção a um indivíduo de 13 anos que foi mantido refém. No iBahia, quase simultaneamente, divulga-se "Criança é baleada no Engenho Velho da Federação", referindo-se a uma pessoa que tem 14 anos. Quem define o conceito de criança ou adolescente não sou eu, nem quem escreve as matérias, tampouco o senso comum, o legado que minha avó deixou. Para isso existe a LEI Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que logo de cara, no artigo 2º, é taxativa: "Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade". Ou seja, em nenhum dos dois casos acima mencionados há envolvi
mento de crianças, mas sim adolescentes; parece suficientemente oportuno e conveniente que assim sejam aplicados esses conceitos no jornalismo. É constante, sobretudo quando envolve temática policial, tratar adolescentes, e até mesmo adultos, como crianças. Às vezes o jovem da reportagem tinha 29 anos, o garoto tinha 24, a criança tinha 17, o menino tinha 16, tudo ao bel prazer da intenção emotiva e persuasiva de quem escreve, principalmente se for para usar do termo contra o trabalho da polícia. Seria melhor para todos o emprego da nomenclatura correta por parte desses profissionais, tornando mais sérios e úteis nossos veículos de comunicação.
so se dá através da transmissão de notícias, leitura de reportagens, onde até inconscientemente o leitor vai incorporando conceitos ou mesmo aprendendo a escrever. Daí a preocupação quando são veiculadas informações inverídicas, em desacordo com a língua portuguesa, com a legislação nacional, algo do gênero. Neste momento, sem necessidade de qualquer pesquisa aprofundada, vê-se no portal Correio a manchete "Assaltante de ônibus faz criança refém em Praia Grande", fazendo menção a um indivíduo de 13 anos que foi mantido refém. No iBahia, quase simultaneamente, divulga-se "Criança é baleada no Engenho Velho da Federação", referindo-se a uma pessoa que tem 14 anos. Quem define o conceito de criança ou adolescente não sou eu, nem quem escreve as matérias, tampouco o senso comum, o legado que minha avó deixou. Para isso existe a LEI Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que logo de cara, no artigo 2º, é taxativa: "Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade". Ou seja, em nenhum dos dois casos acima mencionados há envolvi
mento de crianças, mas sim adolescentes; parece suficientemente oportuno e conveniente que assim sejam aplicados esses conceitos no jornalismo. É constante, sobretudo quando envolve temática policial, tratar adolescentes, e até mesmo adultos, como crianças. Às vezes o jovem da reportagem tinha 29 anos, o garoto tinha 24, a criança tinha 17, o menino tinha 16, tudo ao bel prazer da intenção emotiva e persuasiva de quem escreve, principalmente se for para usar do termo contra o trabalho da polícia. Seria melhor para todos o emprego da nomenclatura correta por parte desses profissionais, tornando mais sérios e úteis nossos veículos de comunicação. 
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