quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

PEO

PEO é a sigla de Posto Elevado de Observação, estrutura consagrada nos eventos em que a PMBA atua, principalmente no Carnaval. São apelidados por populares com diversas alcunhas, como “camarotezinho”, por exemplo. É um posto montado de maneira a permitir melhor visualização da área e identificação de problemas, porém a população, em especial crianças, costuma tirar proveito dos instantes em que este se encontra vazio para ocupá-lo e contemplar as atrações com mais conforto, às vezes superlotando o espaço, o que traz certa preocupação. Como parte da sincronia comentada anteriormente neste blog, os soteropolitanos sabem que, à aproximação de uma patrulha, devem se retirar de imediato, sem desespero, com segurança. Durante a festa, constata-se que a confiança transmitida é eficaz, há pessoas que utilizam o PEO como referência e ali permanecem durante todo o tempo, dada a sensação de segurança. Ao amanhecer, no horário em que a maior parte do policiamento é retirada, alguns desafortunados já sem tanto vigor usam desse espaço para repor as energias. É assim todo ano, mais uma das particularidades entre o povo e a PM.

Dicas não convencionais

A festa começa hoje, e a despeito das inúmeras dicas oferecidas pela imprensa, polícias e órgãos públicos, muitas vezes enfadonhas e repetitivas, criei uma breve lista não convencional direcionada aos turistas ou foliões locais, com sugestões particulares de proceder:

1 - Não confie tanto em sua "galera". Muitos saem a achar que seus acompanhantes são fiéis escudeiros, porém, constantemente, ao interceptar brigas, quando um indivíduo é preso, geralmente nenhum outro o acompanha a delegacia e o mesmo fica sozinho e desasistido. Se alguém é pego com drogas, a tendência é de que os demais que usufruiam do produto também escapem.

2 - Preocupe-se com você. Até familiares e cônjugues esquecem dos cuidados a seus acompanhantes. Em consonância com a dica anterior, relato que é comum encontrar pessoas bêbadas, entorpecidas e até em overdose largadas ao chão, à espera de ação dos bombeiros ou outra assistência. Certamente ela não foi sozinha à festa, mas assim ficou.
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3 - Só leve câmeras, celulares e similares se achar que o risco compensa. Serão produtos muito visados, porém quem sabe fazer o uso bem comedido, em ambiente adequado e guardando com cautela, pode voltar para casa sem maiores problemas. Todo cuidado é pouco.
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4 - Diminua seu orgulho. Ou no popular, aceite "comer reggae". Se alguém mexeu com sua mulher, esteja convencido de que ela é só sua, tirar satisfações é desgastante e conflituoso.

5 - Cuidado com o aperto. São milhões de pessoas em pouco espaço, não há vaga reservada para ninguém nas ruas. Crianças e pessoas mais temerosas devem buscar pontos estratégicos no circuito para curtir os trios, evitando sustos, surtos e fobias.

6 - Aceite o corpo a corpo. Vão pisar no seu pé, lhe molhar de cerveja, suor e tudo mais, vai acontecer um empurra-empurra, um esbarrão, e o melhor a fazer é continuar a festa, até mesmo pedir desculpas e deixar pra lá.

7 - Não faça justiça com as próprias mãos. Em caso de inobservância de alguns desses últimos itens, caso ainda reste controle emocional suficiente, acione a patrulha mais próxima comunicando o fato. No enfrentamento você corre o risco de ser inicialmente confundido com algum infrator, e a ação da chegada policial costuma ser enérgica e rápida, no meio da confusão as coisas nunca são muito claras.

8 - Se for de carro, não leve o som. Vá cantando com os amigos, se divertindo com os fatos, e terá menos uma preocupação, a de perder seu aparelho. De antemão prepare o bolso, os estacionamentos costumam custar alto à essa época, e na hora da festa não parece ser o momento mais apropriado para contestar, a recusa de pagamento costuma gerar problemas.

9 - Só urine em locais toleráveis. A cerveja tem um efeito diurético irresistível, os homens, e cada vez mais as mulheres, estão satisfazendo essa necessidade de qualquer maneira. Os banheiros químicos parecem não ser suficientes, mas nem por isso faça nas paredes de casas, postos médicos e policiais, ou em locais expostos. Já que está errando, seja comedido.



10 - Ajude a polícia. É mais fácil identificar lanceiros, brigões e traficantes enquanto folião. Sempre que for oportuno, conveniente e seguro, não hesite em apontar para a PM a localização e características de um suspeito, vai ajudar a todos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sincronia

É interessante o entrosamento criado ao longo do tempo pela PM e grande parte da população durante o Carnaval. São muitas as pessoas que sabem se comportar corretamente diante das patrulhas, colaborando com o árduo serviço. É saber facilitar a passagem, desobstruir os caminhos de modo harmônico e sutil, indicando suspeitos, apontando locais de ocorrências. Essa simetria certamente surgiu de modo espontâneo com o passar de gerações, tanto por parte dos policias quanto dos foliões, porém costumam haver indivíduos, sobretudo alguns "bem-nascidos" que foram acostumados a não saber se portar diante de uma autoridade; desde pequenos desobecem babás, funcionários, professores e pais, porém ao tentar afrontar com a Polícia Militar, costumam não ser bem sucedidos. É a turma do "Você sabe com quem está falando?", dos famosos amigos de Fulano, filhos de Beltrano ou afilhados de Cicrano, que confiando-se em uma falsa sensação de prerrogativa ou imunidade, aliada geralmente ao consumo de drogas, ousam desacarar e atentar contra a legítima autoridade. A esses fica a sugestão de serem mais humildes e seguirem o exemplo dos primeiros, que cooperam com o esforço da tropa.
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Sobre os simulados a que me referi no post anterior, A Tarde esteve na APM e produziu uma reportagem sobre o fato, na qual constatei erros possivelmente provocados por falhas de comunicação, dessa vez não vem ao caso relacioná-los. Foi feita uma galeria de fotos, à disposição dos leitores.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Simulados

Conforme ocorre em outras épocas do ano, com caráter educativo, nos últimos dias a Academia de Polícia Militar da Bahia foi palco de uma Jornada de Instruções Policiais Militares, na qual alunos oficiais e praças da unidade participam manobras com aulas e oficinas simulando ocorrências típicas do Carnaval, além de instruções teóricas prévias. São momentos de relembrar a legislação pertinente a diversos aspectos peculiares, como porte de arma, prerrogativas, entre outros assuntos. Aborda-se também o amparo legal das ações, as técnicas e táticas, procedimentos de socorro, reconhecimento de drogas etc. Depois vêm as oficinas para completar a transmissão do conhecimento, com a supervisão dos oficiais da APM. É uma iniciativa bastante positiva; outras tropas, sobretudo especializadas, também costumam desenvolver ações específicas para um melhor desempenho durante a folia, pena que ainda não seja viável oferecer todo esse suporte aos mais de 10 mil policiais militares que estarão atuando.

Operação Abadá

A PMBA volta a reforçar o policiamento voltado para a entrega de abadás, intensa nesses dias que antecedem a folia. Há camisas cujo custo individual chega a quase R$ 1000, alguém que vá retirar várias delas está com produto precioso em mãos, o que desperta a ambição de criminosos. Costuma haver uma estrutura cada vez maior em forma de feira livre para o comércio desse material que dá acesso a blocos ou camarotes, muitas vezes de procedência duvidosa, alguns com preços abaixo dos ofertados nas lojas, outros inflacionados pela oferta e procura. Sem meias palavras, é preciso admitir que existem frutos de furto, roubo, fraude, e alimentam uma cadeia em que muitos baianos e turistas se envolvem. A maioria se arrisca a comprar nas mãos de terceiros, e para todos há o risco de ser seguido e interceptado, ponto esse que a polícia está disposta a combater com o esquema especial. Não é demais lembrar que é desaconselhável andar pelas ruas ou pegar ônibus com esse material; estando em condução própria ou táxi, atentar para a observação sobre estar sendo seguido por suspeito. Mas que ninguém se iluda ou esqueça de que aquele abadá barato que não se sabe de onde veio pode ter vindo das mãos de um amigo ou parente nosso, vítima de um crime.

Indução ao erro

Tema do cotidiano, manchetes de hoje feitas como continuidade dos fatos mais recentes, já tratados aqui. Destaca-se o desencontro de informações: o envolvido nos fatos, conhecido como "Cabo Lucas", é apontado pelo jornal A Tarde como tenente reformado, já no Correio da Bahia é tido como sargento, sendo vulgarmente conhecido como cabo. Exposta na imagem, a manchete da Tribuna da Bahia deixa margem até para interpretações como se o fato houvesse acontecido durante alguma operação ou estando o policial em serviço, uma vez que não é evidente a diferenciação entre PM de policial militar ou PM de Polícia Militar. Já no Correio da Bahia, induz-se que o acusado seja um policial desses "normais, que encontramos nas ruas todos os dias" e que estava sob efeito de álcool, devido à expressão utilizada. Talvez o "menos pior" seja o chamado no iBahia, noticiando que a garota foi morta por ex-PM. Em cada meio há uma versão, de mais relevante transcrevo o esclarecimento oportuno de um major publicado na Tribuna, já que muitos desconhecem o significado da situação de reformado na vida de um PM:
"O major da PM, Ricardo Albuquerque, da 9a Companhia Independente (CIPM/Pirajá) destacou que o crime não tem relação com a polícia, já que o autor estava reformado: “Ele deve ter usado uma arma particular, pois no momento que é afastado das atividades ele perde a arma, este homicídio foi praticado por um homem, não por um policial”, destacou.
Muito cuidado ao interpretar o que os jornais publicam.

domingo, 27 de janeiro de 2008

O fenômeno Chiclete

Chiclete com Banana é tradicionalmente um fenômeno do Carnaval de Salvador, incomparável. É sempre a atração mais esperada nos circuitos, nos blocos Voa Voa, Nana Banana e Camaleão, esse último maior e mais caro da folia. Há a necessidade de um esquema de segurança especialmente trabalhado para essa atração, esforço que vem sendo aprimorado nos últimos anos. Os cordeiros desses trios são selecionados criteriosamente, Bell Marques têm consciência da sua influência sobre a psicologia da massa, o repertório é estudado com minúcia para que em locais estratégicos sejam tocadas músicas mais lentas, deixando as que incitam a exacerbação esfuziante para áreas mais apropriadas, cujo estopim costuma ser o exclame "Derruba!". Durante todo o circuito, o trio é acompanhado por tropas especializadas da PMBA escaladas diretamente para essa função, é a aglomeração mais densa e problemática, exigindo grande esforço para seu controle.

Foto: Diário Oficial do Estado (BPChq no carnaval)

Blitz carnaval

Durante os próximos dias, até o final dos festejos, como não poderia ser diferente, as postagens prioritariamente tratarão do Carnaval, clima que toda a cidade já respira. Outros fatos relevantes poderão ser citados, mas a meta é conjugar relatos fidedignos sob a ótica de policial militar e também de folião, registrando diariamente impressões e observações, de modo a transcrever a realidade da grande festa em Salvador, a quem interessar possa.
Endosso a afirmativa de A Tarde hoje, alertando para o aumento significativo dos índices de violência em Salvador nos últimos dias, como o número de roubos em coletivos e homicídios. Paralelo a isso, há meses acompanham-se as constantes fugas das delegacias, motivo suficiente para que as polícias redobrem a atenção durante a folia.
Foto: Terra (CPAC atuando no Carnaval)
P.S.: Os erros nas imagens da postagem anterior foram corrigidos, lamento os incômodos.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Favoritos

Desde que foi criado há 2 semanas, este blog recebeu apoiou de diversos outros já consolidados na rede, fortalecendo a divulgação que estimula a continuidade do projeto. Como forma de reconhecimento, divulgo breve relação dos que mais contribuíram com a iniciativa:

Abordagem Policial: Faço parte como colaborador, foi lá que tudo começou, e continuo participando neste espaço destinado a artigos sobre temas diversos que também colabora com a melhoria da imagem da PMBA.

Blog da Segurança Pública: Um dos que mais contribui para a continuidade do Blitz Policial, é referencial no ramo, com foco principalmente nas atividades da PMDF.

Caso de Polícia: Feito por policial civil, com abrangência a diversos temas de segurança pública.

Diário de um PM: Mantido por oficial da PMERJ, voltou à ativa como um dos baluartes do segmento, sempre disseminando novidades e informação.

Entre outros que já compõem e aos poucos serão inseridos na barra de links ao lado. Agradeço a colaboração, até agora não se passou um dia sem que fosse atualizado, a freqüência de visitantes tem sido satisfatória, vamos adiante.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Tribuna e pecados do A Tarde

Hoje é dia de vender jornal na Bahia, porque polícia é notícia. As capas dos jornais A Tarde e Tribuna da Bahia foram hachuradas, impressas sobre fundo preto, dando destaque às notícias relacionadas à criminalidade, o que aumenta a vendagem. A Tribuna trata de alguns indicadores estatísticos e destaca a possibilidade de problemas na utilização dos containers próprios para abrigar presos, recém adquiridos pela Secretaria de Segurança Pública, porém ainda não entregues, alertando para as necessidades de instalação elétrica, hidráulica e sanitária. Isso traz certa preocupação, dado o prazo curto para realização, uma vez que foram adquiridos em vista do carnaval, que começará daqui a 6 dias.
A Tarde traz uma reportagem especial sob título de “Os pecados da polícia baiana”. A primeira informação trata sobre intimidação, com a ameaça do saque de arma por parte de um major durante protesto. A foto, principal da capa, deve ser olhada sob ótica técnica. Trata-se apenas da posição 1 em escala que vai até o nível 4 para saque e disparo. É uma postura básica de segurança, estou certo de que os responsáveis pelo comentário mal sabem do conteúdo dos manuais utilizados pela Polícia Militar, que propõem a adoção dessa posição em situações ordinárias e preventivas.

Igualmente sem zelo é a reprovação aos policias estarem de armas em punho durante abordagens tipo blitz. Esquecem-se de que diversos condutores utilizam películas irregulares em seus veículos, impossibilitando completamente a identificação dos passageiros, expondo a guarnição a risco total, onde o mínimo que se deve fazer é sacar a arma e manter em posição relativa, sem apontar, dada a suspeita aparentemente não confirmada.
É preciso ter cuidado ao tomar conhecimento desses fatos por intermédio dos jornais, nem tudo que é publicado é fruto de pesquisa aprofundada.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Operação Carnaval

A coletiva da PM ontem, referente às ações a serem realizadas no carnaval reafirmou parte do que já havia sido dito aqui, como as guarnições de ronda formadas para o combate ao vandalismo em coletivos, além de trazer informações sobre o aumento do número de câmeras no circuito, medida que endurece a fiscalização aos excessos cometidos por foliões ou policiais. Permanece a tecnologia WAP nos celulares das patrulhas, advento que colaborou com o melhor controle da situação, porém conta com a desvantagem de ocupar certo tempo com o manuseio. Foram definidos os destinos dos famigerados containers, que ficarão no complexo da Mata Escura, abrigando os presos que ocupavam as delegacias da área do circuito, cuja disponibilidade aumentará. Há ainda a integração com a Polícia Civil nos PPIs (Postos Policiais Integrados), aproximando o trabalho na busca por melhor eficiência na lavratura de flagrantes e registros de ocorrências em geral, problema já tratado neste blog alguns posts atrás. Está tudo pronto para a festa, daqui a exatos 7 dias. Acompanharemos diariamente o resultado do trabalho.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Gestão militar

Palavras ao vento

Muitas praças, e cada vez mais oficiais, têm se queixado sobre a manutenção da estrutura militarizada na PM. Ainda creio que o modelo seja compatível, dentro dos padrões que o “militarismo científico” se propõe a gerir. Do coronel mais antigo ao soldado mais moderno, todos exercem funções de comando, em maior ou menor proporção, no cumprimento de suas atividades. A obediência cega é algo que há muito já deveria ter sido plenamente banido, a concentração de autoridade, talvez até inconscientemente, por vezes acarreta em soberania deliberada, sensação de plenos poderes, em prejuízo das virtudes da razão.
Todo subordinado precisa de satisfação, de fundamentação, para compreender o que faz e o que com ele está sendo feito. Manuais antigos do Exército Brasileiro sobre liderança militar já deixam claro que nesse modelo de gestão deve sempre prevalecer a democracia em detrimento da autocracia, sem prejuízo à disciplina e hierarquia. Trocando em miúdos, exemplificaria que, se um soldado é transferido de um posto para outro, é bom que saiba quais as razões motivaram tal atitude. Se uma solicitação não foi acatada, um pedido qualquer foi indeferido, o fortalecimento da autoridade se dará pela justificativa relativa à questão. Não é cabível o “É assim e pronto!”, “Vai ser desse jeito porque eu quero!”. Os princípios da administração pública são bem conhecidos, deve-se seguir sempre a linha da moralidade, da finalidade, como meio para tornar transparentes as decisões.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Esclarecimentos

O Jornal da Manhã transmitido pela Rede Bahia (TV Globo) desta terça-feira teve no segundo bloco a participação do senhor CEL PM Santana, Comandante Geral da PMBA. Durante a entrevista, entre outros pontos, foi-se questionado sobre as ocorrências noticiadas como desastrosas, duas da PM em que dois menores vieram a óbito, e uma da Polícia Civil, onde um homem foi morto. Com a devida humildade e respeito, asseguro que a maior parte do que foi dito coincide com o que pretendia escrever aqui, conforme nota de anteontem. Complementando os dados da entrevista, à luz da razão, aponto circunstâncias que possivelmente contribuíram para o desfecho dos casos. Segundo dados da própria imprensa, os três fatos ocorreram à noite, tendo todas as ações policiais partidas de denúncias efetuadas por cidadãos. Em todos houve o relato de tentativa de fuga por parte das supostas vítimas. Em todos pode-se dizer que a localidade da ocorrência era periculosa, contribuía para um estado de atenção próximo ao limite.
Abordagens policiais são momentos extremamente tensos e arriscados, onde movimentos bruscos podem gerar conseqüências imediatas, dado o risco iminente de confronto. O cidadão que nada deve precisa confiar no trabalho policial, e não empreender fuga. Sendo vítima de eventual abuso, deve usar dos meios legais para exigir seus direitos, através das ouvidorias, corregedorias, imprensa, denúncias anônimas, entre outras opções seguras para que os fatos sejam devidamente apurados e punam-se os culpados, caso haja. Infelizmente vivemos em época que as ruas estão inseguras para todos; com colaboração, o trabalho é mais fácil e seguro para todos.

Para assitir ao vídeo, clique na imagem e acompanhe o bloco de notícias.

Efetivo na Lavagem de Itapuã

Mantendo a tentativa de trazer dados sobre os principais eventos baianos, sobretudo do verão em Salvador, informo que segundo o iBahia serão 1490 policiais militares atuando na Lavagem de Itapuã, evento em que a tarde costuma contrastar drasticamente com os consagrados versos de Toquinho e Vinícius de Moraes. A calmaria é quebrada por trios onde predomina o pagode, e o comportamento dos participantes da festa tradicionalmente é conflituoso, o que costuma exigir ações enérgicas da PM, que disponibilizará grande efetivo da Academia de Polícia Militar, Batalhão de Polícia de Choque, entre outras unidades. A Tarde publica que há problemas referentes ao repasse de verbas por parte da Emtursa, mas nada que pareça comprometer o desfile dos sete trios elétricos dos blocos, foco principal do trabalho da polícia. Se possível for, haverá um relato pessoal posterior ao evento publicado neste espaço.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Citação

Digna de registro é a constatação de ter recebido a visita e comentário do senhor Coronel PM Paulo Ricardo Paúl, Corregedor Interno da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A manifestação de visitantes como esse engrandece o trabalho dedicado a levar adiante esta iniciativa. No blog do referido oficial superior há excelente material publicado, contribuindo para o conhecimento da situação vivida pela PMERJ atualmente, dentre outras temáticas da segurança pública. Fica registrada a satisfação deste praça especial. Breve será publicado post dedicado a agradecimentos aos que têm contribuído com o projeto.

Nota

Três recentes fatos que repercutiram em alarde da imprensa não passaram despercebidos, porém parece conveniente esperar "a poeira baixar" para tecer comentários sem a emoção do calor das ocorrências, duas delas envolvendo guarnições da PM e uma de policial feminina da Civil.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Concurso CFOPM 2008

Hoje e amanhã ocorrem as provas do concurso para quem pretende ingressar na Academia de Polícia Militar da Bahia. A alta concorrência está longe de demonstrar grande interesse pela profissão, é mero resultado da situação econômica. A maioria, quase totalidade, é atraída pelo interesse em garantir vaga no setor público, desfrutando das vantagens que oferece. Diz-se que haveria nacionalmente um efeito “Tropa de Elite”, estimulando as tentativas de ingresso em carreiras policiais; a verdade é que ao final os critérios de seleção devem ser cumpridos, prevalecendo os que mais estudaram, não necessariamente melhor vocacionados para um ofício tão diferente de todos os outros.
Boa prova aos candidatos, lembrem-se de que o concurso é constituído de várias etapas, já é certo que alguns negligenciam esse fator e serão reprovados nas fases seguintes, principalmente teste físico.
Foto: AL OF PM Abrahão Farias

sábado, 19 de janeiro de 2008

Fiscalização da imprensa

Quem fiscaliza a imprensa? Com certeza essa não é a primeira vez que tal pergunta é formulada, porém poucos devem ter parado para refletir sobre essa questão. As polícias estão sempre sendo vigiadas, o que é positivo no intuito de expurgar maus profissionais. Há a imprensa, a sociedade civil, as entidades defensoras dos direitos humanos, ONGs, OAB, Ministérios Públicos (Federal, Estadual, Militar...), observatórios etc. Poderia ser elencada uma extensa lista com mais nomes de pessoas, órgãos e organizações voltadas para este fim. Hoje em cada esquina há uma câmera de segurança ligada, ou uma testemunha com celular pronto para fazer fotos e filmes; há gravadores, microcâmeras, dispositivos que auxiliam o combate à criminalidade também dentro das corporações.
Quem fiscaliza a imprensa? Propostas de lei nessa intenção tendem a ser antecipadamente rotuladas como censura, atentado à liberdade de expressão, talvez por influência de traumas do passado. Mas diariamente constatamos falhas, e pouco se vêem erratas ou correções. Pessoas acusadas ou suspeitas do cometimento de um delito, ainda que não confirmado, têm sido exploradas por sensacionalismo da mídia, constrangendo possíveis inocentes, cuja imagem é veiculada muitas vezes sem critério ou o devido zelo. Ideais éticos não costumam ser eficientes para impedir excessos ou desvios, a responsabilidade pela disseminação de informação é muito grande, e o controle necessário parece ser insuficiente.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Situação de erro

Traficante preso na 9ª DP (Boca do Rio) fugiu da delegacia após se desvencilhar das algemas que temporariamente o mantinham preso a uma bicicleta. Os manuais costumam ser unânimes na contra-indicação de algemar presos a objetos, veículos, ou a outras pessoas. O indivíduo algemado deve ser mantido sempre sob a custódia de policiais, uma vez que a abertura das travas é sabidamente simples, bastando um clipe de papel ou improviso com arame para desbloquear o elo sem maiores dificuldades. Fica o aprendizado para que a falha não venha a se repetir.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Impressões da Lavagem do Bonfim

Evento curioso, consegue aglomerar cerca de 1 milhão de pessoas, parcela significativa da PEA (População Economicamente Ativa), em um dia comum; não é feriado local, apenas a atividade comercial das áreas do circuito é interrompida. Por mais que existam aposentados, pessoas de férias, folgando ou em situação alheia, há de se notar a aparente quantidade expressiva de desocupados, desempregados. Há vendedores ambulantes cobrindo todo o circuito de forma maciça, bem como catadores de lata, o que denota um quadro social preocupante.

Há forte e constante apelo político, sendo neste ano marcado por denúncia de funcionários da prefeitura terem arrancado faixas de outros partidos antes da procissão. Intolerância religiosa também foi vista, mais uma vez sectários de uma igreja apresentavam faixas inoportunas e ofensivas à crença daquela população. Aliás, ressalte-se que o caráter religioso torna-se quase secundário na lavagem, que em sua maior parte assemelha-se a uma prévia carnavalesca às antigas, com grupos percussivos e fanfarras, contudo, esporadicamente são encontrados focos de “Desce com a mão no tabaco” (sic) e outros versos mais atuais. No geral reina a festividade e alegria, porém aglomerações de pessoas regadas a álcool são potenciais fontes de conflito, sobretudo em se tratando de salvadorenses. Focando na parte policial, a briosa baiana se fez presente, com os vícios e virtudes que lhe são peculiares. Não tenho como deixar de comentar que na primeira patrulha encontrada, 3 dos 4 integrantes falavam ao celular simultaneamente, mas no geral o patrulhamento estava sendo muito bem feito pelo percurso. Chamou a atenção o fato da COPPA estar atuando com seu uniforme típico, camuflado selva, vindo a despertar curiosidade também na população, que comentava até como sendo do exército. Paralelo a isso, a viatura da referida unidade também se apresentava estilizada a caráter, outra inovação.

A importância da atuação da PM é tão grande no evento que, novamente, o comandante geral esteve presente no circuito, de uniforme operacional, acompanhando de perto o trabalho da tropa. Os bombeiros mantiveram a salutar tradição de galardoar o público com banho de mangueira na Calçada, para o delírio dos mais agitados diante do intenso sol que marcou a manhã. Havia alunos oficias bombeiros em serviço local, fato novo. De início parecem ter ocorrido dificuldades na gestão do trânsito, com congestionamentos nas adjacências da área isolada para o cortejo, mas o balanço final é bem positivo, restando agora acompanhar índices e dados que venham a ser apresentados pela imprensa sobre o evento.

Fotos: Antônio Fonseca

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Jornalismo incurioso

Após ter lido post em um excelente blog de policial civil carioca, o Caso de Polícia, não pude deixar de fazer uma citação do conteúdo nele apresentado, dada sua relação com a abordagem feita aqui no Blitz Policial. Simplesmente foi apresentada a seguinte manchete em um jornal do Rio de Janeiro:
Mais adiante, o relato diz que o policial "levou chumbo". Isso mesmo, a machete está anunciando o óbito do agente. São termos inadmissíveis para o relato de falecimento de qualquer pessoa, quanto mais de um policial militar durante seu serviço. Alguém tem que se manifestar contra esses impropérios.

Efetivo no Festival de Verão 2

Está no iBahia: a PMBA vai contar com mais de 2,1 mil homens para cuidar da segurança no Festival de Verão. Estranho, publiquei ainda ontem que no portal A Tarde a informação era de 4800 PMs. Tudo bem que ao pé da letra 4800 são mais de 2100, mas com certeza não foi essa a intenção da frase. Talvez tenham dividido pelo número de dias, sem o compromisso de deixar claro para o leitor. Quem desconfiar, verifique nos links.
E para completar, diz que serão utilizadas tropas da Academia de Polícia Militar, cujos alunos oficiais encontram-se em gozo de férias, só devem aparecer por lá para curtir. Como diz o jargão, parece que alguém voou.

Efetivo na Lavagem do Bonfim

Notícia publicada no Diário Oficial do Estado informa que 2270 PMs atuarão na lavagem do Bonfim. Serão 362 patrulhas distribuídas da Conceição da Praia ao Bonfim, compostas por diversas unidades operacionais, incluindo-se várias especializadas (BPChq, BPGd, BPMont, EsqdMcl Águia, COPPA, BAPOP, CIPMs). O Corpo de Bombeiros também se fará presente com patrulhas prontas para atender a população. Por sua vez, a Polícia Civil, segundo interpretação de publicação, disporá de 4 DEAs (Delegacias Especiais de Área), cada uma contando com um delegado, um escrivão e três agentes, compondo um total sumário de 20 homens. Nos eventos especiais, por razões fora de conhecimento, a Polícia Civil parece ter dificuldade em acompanhar a demanda de prisões, o processo de registro das ocorrências torna-se lento, criando aglomerações em torno das delegacias, acarretando na retirada de diversas patrulhas do campo, comprometendo em parte o policiamento, o que acaba por desestimular a condução de presos em determinados casos.
Algum leitor mais incauto ou apressado pode estar se perguntando: qual a utilidade de saber o efetivo total nessas operações? Simples, a informação é um bem precioso, sobretudo o conhecimento de dados referentes ao serviço. Logo, com a noção da quantidade de pessoal envolvido é possível mensurar a dimensão e as características do evento, avaliar a complexidade da montagem do policiamento, a proporção entre policiais e pessoas comuns. A vida do PM é ser perguntado sobre os mais diversos assuntos no decorrer do exercício de suas funções junto à sociedade, e particularmente me incomodo quando ocorre a incapacidade de responder algo que supostamente devesse saber, e no exercício de funções de comando, principalmente a figura do oficial, há sempre a possibilidade de ser inquirido por algum repórter acerca de valores ou dados sobre o que está acontecendo. Daí o valor de ter noções sobre o efetivo envolvido em uma partida de futebol, show, festa de largo e demais tipos de evento. Não é demais lembrar que muitas vezes a PM é questionada quanto à estimativa de público em grandes aglomerações, o que exige certa experiência e estudo para não cometer lapsos.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Efetivo no Festival de Verão

A Tarde divulga que haverá um efetivo de 4800 policiais militares para garantir a segurança no Festival de Verão. O número bruto, assim divulgado, é insuficiente para maiores análises. Com certeza esse quantitativo será desdobrado em turnos e dias distintos, já que são 4 dias com várias horas de shows. Esse ano não haverá patrulhas da Academia de Polícia Militar, o que invariavelmente muda um pouco o modo de atuação do policiamento, o público mais atento perceberá a diferença. Fica a mensagem subliminar, breve publicarei maiores explanações sobre o que isso significa.
Na nota também há outra informação relevante “O diretor executivo do Festival de Verão, Amaury Pelckeman, destaca que em nenhum outro evento privado da capital baiana a PM é acionada.” Esse procedimento é legítimo, há todo um processo legal envolvendo o pagamento de taxas para a atuação da força pública em eventos particulares.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Tombamentos em confronto

Deste final de semana foram noticiados diversos óbitos de meliantes em confrontos, destacando-se o de 2 bandidos durante um roubo em coletivo na orla de Salvador (passageiro não identificado), 3 durante a operação “Novo Horizonte” das polícias civil e militar em Itabuna , e 4 em troca de tiros com a PM em Arembepe. Pelo que acompanhei da imprensa, não houve vítimas entre os policiais.
Certamente um pensamento passou pela mente de alguns cidadãos, entre eles jornalistas e, por que não, policiais: será que não houve excesso? Ora, o fato de nenhum policial sair ferido é glória, melhor seria se fosse a normalidade constante. O policial não sai para o serviço com a previsão de ferir-se ou morrer, apesar do risco inerente, mas, que no confronto com os criminosos, se houver resistência, oxalá vença a lei. O amparo vem do estrito cumprimento do dever legal, da legítima defesa, a ação deve sempre ter respaldo. A questão é que se espera do policial melhor preparo, ele está habituado com a atividade, é um profissional capacitado, tem cursos e conteúdos em seu currículo, fatos que não são observados pelo lado dos criminosos.
Logo, não dá para se condenar uma ação em que bandidos vieram a óbito e policiais saíram ilesos como se ela fosse necessariamente excessiva. Não participei dessas ocorrências, tampouco aqueles que fizeram juízo de valor condenando-as à distância. Maiores esclarecimentos podem ser prestados pela perícia, ou pelo Departamento de Comunicação Social da própria PM. Registre-se então o manifesto em defesa das ações embasadas, revidando possíveis ataques de setores não muito comprometidos com a busca da verdade, que rotulam ações baseadas em dados preliminares.
Foto: Correio da Bahia

Efetivo no Carnaval

Entre os grandiosos indicadores da folia baiana, destaca-se o número de policiais militares: 17.134 ao todo, sendo 14.938 em Salvador, conforme divulgou o Correio da Bahia. Esses homens e mulheres devem ser distribuídos dia e noite nos três circuitos, além de outros locais de festa como os carnavais de bairros. A mobilização exige deslocamento de tropas de vários locais do estado, com a necessidade de grande aparato logístico para assegurar o transporte, acomodação, alimentação e outras necessidades. A PMBA fará uma reunião de apresentação sobre o policiamento no Carnaval dia 23/o1, tratando sobre questões relacionadas à festa, às parcerias, entre outras. Maiores informações, no site.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Procuram-se cordeiros

Ainda referente ao drama anunciado no primeiro post, o que iniciou-se com um plano especial de horários amplos e diversos postos na expectativa de encontrar milhares de candidatos, parece transformar-se em um apelo para que surjam candidatos às 2500 vagas de cordeiro e 200 vagas para vigilante e segurança nos blocos, com a ampliação do prazo feita pelo SIMM, de acordo com o iBahia. Os dias estão passando e a festa está próxima, são funções indispensáveis para o bom andamento da segurança no Carnaval, é inimaginável fazer funcionar a estrutura dos blocos sem um trabalho bem conduzido nas cordas. A questão é que caso a oferta não seja suficiente, o improviso de conduzir um trio com número de cordeiros abaixo do necessário tende a se transformar em caso de polícia.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Novidade no GERRC

Conforme notícia do jornal Tribuna da Bahia, como resultado da reunião citada no penúltimo post, serão acrescentados mais 3 postos para o registro de queixa referente a roubos de coletivos, em Mussurunga, Pirajá e na Rodoviária. Antes limitava-se à sede na Baixa do Fiscal, medida que tinha vantagens como a facilitação da identificação dos meliantes, melhor controle de dados para a elaboração de estatísticas, porém confrontando com a distância de vários pontos importantes da cidade, o que desestimulava a grande parte das vítimas do delito a dar prosseguimento no processo. Melhorou a condição para o trabalho.

Erros da imprensa e Multas a viaturas

A republicação de notícias da imprensa, seja para emissão de opinião ou feitura de correções será uma constante aqui, dado o poder que esses meios têm para propagar informações que podem comprometer a carreira e a vida das pessoas, sem necessariamente zelar pelo compromisso fiel à verdade.


Hoje foi publicada uma notícia no Correio da Bahia segundo a qual “O policial Waldemir Evangelista Apóstolo, 34 anos, lotado na 47ª Companhia Independente da Polícia Militar (Pau da Lima), matou um homem ainda não identificado, ontem de madrugada, na Rua 28 de Setembro (Centro Histórico), em circunstâncias no mínimo curiosas.”. Pormenorizando mais detalhes adiante, a matéria acusa que ele “'teria realizado um trabalho extra' na 41ª CIPM (Centro Histórico)” momentos antes de se envolver no confronto. De acordo com esses dados, supõe-se que ele estivesse atuando em alguma das operações existentes como a CHS, que reforça o policiamento no Centro Histórico de Salvador, porém o policiamento daquela região é administrado pelo 18º Batalhão de Polícia Militar, e não pela 41ª CIPM, cuja atribuição é a área do Garcia/Federação. Essas informações não são sigilosas, estão à disposição de qualquer um na página da PMBA, porém percebe-se um desinteresse em checar os dados que estão sendo publicados. Não se tendo o cuidado sequer em verificar siglas, patentes, nomenclaturas, localidades; quem garantirá que as acusações são fruto de trabalho investigativo apurado? Mais notícias como essa virão facilmente a cada dia, é só esperar.




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Outro fato que tem chamado a atenção na mídia é a questão das multas aos veículos de emergência em Salvador. O Código de Trânsito Brasileiro não concede prerrogativas que permitam ao condutor de viaturas ou ambulâncias exceder a velocidade ou desobedecer o semáforo, por exemplo. Porém o bom senso é cabível, e compete à administração pública avaliar, dentro dos limites da oportunidade e conveniência, o acatamento das alegações de defesa. Prefeitura, SET e PMBA já demonstram sinais de entendimento nesse sentido.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Início

Surgido de uma dissidência, mas mantendo a sã e harmônica parceria com o Abordagem Policial, o blog Blitz Policial busca aumentar a notoriedade da Polícia Militar da Bahia na rede, discutindo diariamente fatos, ocorrências e notícias envolvendo a criminalidade e a segurança pública com foco especial em Salvador-BA. O material aqui publicado é extra-oficial, opiniões pessoas sem caráter institucional, no intuito de abrir espaço para discussões dentro dos limites da hierarquia e da disciplina. “À vontade!”

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Aconteceu hoje pela manhã uma reunião na Secretaria de Segurança Pública para tratar sobre os roubos a coletivos, delito combatido exemplarmente pela OPRRC – Operação de Prevenção e Repressão de Roubos em Coletivos, conhecida como Operação Gêmeos, que atua em parceria com o GERRC – Grupo Especial de Repressão a Roubos de Coletivos, este da Polícia Civil. Foram discutidos problemas referentes ao registro de queixa ter que ser efetuado na Baixa do Fiscal, único ponto na cidade, além do alto índice de roubos em 2007.


No mesmo âmbito, a PMBA noticiou internamente a “Operação Folia e Paz”, convocando praças e oficiais intermediários para comporem 40 guarnições tipo “C” voltadas ao combate dos atos de vandalismo durante a folia momesca, crimes que ocorreram no carnaval passado e serão prevenidos e reprimidos com atenção especial esse ano, em conjunto com a RONDESP - Rondas Especiais.




Outro assunto pertinente é a carência na oferta de cordeiros. A demanda total gira em torno de 40 mil, conforme informações do iBahia, porém os pontos de inscrição do SIMM - Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra receberam pouco mais de 50 candidatos para as mais de 2500 vagas lá oferecidas. Ainda hoje deve ser informado como ficará a situação caso não surjam interessados.



Uma análise preliminar permite apontar como prováveis motivos a baixa remuneração diária (20 reais), as difíceis condições do trabalho, e as outras opções de obtenção de renda, como a venda de bebidas e até a catação de latas descartáveis. Além desses, arrisco apontar o aumento de interesse na atividade de guardar veículos nas proximidades da festa, atividade que não demanda tanto esforço ou investimento, e tem rendido lucros exorbitantes. É de se esperar que sejam cobrados valores iguais ou superiores a 10 reais, conforme aconteceu no réveillon na Barra. Sendo assim, basta providenciar um canto para alocar 2 veículos que o “flanelinha” iria obter o mesmo lucro das 8 ou mais horas de trabalho do cordeiro, com esforço extremamente menor. A exploração dessa atividade gera conflitos e disputas, providências precisam ser tomadas para proteger o patrimônio dos foliões e evitar maiores problemas, a exemplo de maior presença dos guardadores devidamente cadastrados, sindicalizados.

 
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