terça-feira, 13 de maio de 2008

Classes

Em ramos como a indústria, tradicionalmente constitui-se uma luta de classes desde as revoluções em séculos passados, em virtude da crença de que o patrão capitalista explorará ao máximo o seu empregado para obter maiores lucros, sem a devida recompensa financeira ao esforço. Nascem os sindicatos, as greves, a oposição entre os trabalhadores e os patrões, praticamente em eterna discordância. Mas na PM é, ou deveria ser, assim? Há lucro obtido na prestação do serviço?
Deve-se pensar em qual doutrina é pregada no militarismo, o objetivo é criar um espírito de corpo, seja através dos uniformes, da padronização de práticas, procedimentos, condutas que tornam semelhantes, por exemplo, o oficial superior médico de uma PM do norte e um recruta recém-chegado para servir à Marinha do Brasil na região sul. Entre eles é preciso que hajam semelhanças, um paralelo que de modo subliminar os una, com o devido acatamento dos princípios de hierarquia e disciplina que regulam o funcionamento do organismo militar. Se deve ser assim entre diferentes esferas e localidades, o que dizer dentro da própria corporação ou até mesmo na unidade? Mas ainda há, em diversos escalões, quem prefira difundir uma fragmentação tipicamente sindical, de contestação subversiva ou repressão desmedida, que só enfraquece o corpo.

8 comentários:

Anônimo disse...

Viva a uma PM comandada por delegados de policia, autoridades policiais de verdade e não inúteis arvores de natal.

Anônimo disse...

Caro colega Victor, nós militares temos papel fundamental na repressão dos explorados, que marx brilhantemente observou. Um bom exemplo, que tenho certeza, é do seu conhecimento, foi o período do início da ditadura. Na década de 60 os movimentos sociais estavam bem articulados, operários faziam greves fortes e conscientes de seu papel, até porque tinham líderes e confiança nas mudanças prometidas. Jango foi uma promessa. Não podemos esquecer também do movimento campesino, que na época já reinvidicava terras, entre outros.

Bem, neste momento onde os ricos temiam perder o "OSSO", tramaram junto aos patetas, às marionetes militares e até Às Desgraças Unidas da América o GOLPE.
Assim foi feito.

Direito de pensar e articular foi recompensado com morte, tortura, prisão e exílio. Hoje vivemos na obscuridade. Numa pseudodemocracia.

Será que o povo não merece uma polícia que defenda o cidadão, independente do dinheiro que tem no bolso ou do cargo q ocupe? Será q não podemos questionar toda robalheira dentro e fora da PM? Dos desrespeitos cometidos em baixo dos nossos narizes??

Podemos estar enfraquecendo o corpo, porém fazemos isso pq ele n mais nos serve. Precisamos de uma nova polícia, de uma nova sociedade...

Anônimo disse...

Tenho que dar os parabéns ao dono do Blog, realmente não temos muitos blogs de Ten democraticos como este, onde o praça pode falar sem ser censurado, até no blog Praças da PMERJ tem moderação.

Anônimo disse...

O regulamento militar é perfeito. Ele determina que o subordinado trate seu superior com deferência e respeito, e exige que os superiores tratem seus pares com urbanidade. O Codigo Penal Militar impõe sanções criminais para o superior que exarceba no trato com seus subordinados. presenciou abuso? denuncie.
O problema é que as praças não querem estar sujeitas a uma fiscalização e regulamentação rígidas, querendo ser servidores publicos como outros, ou seja, pessoas que fazem o que querem e bem entendem. Podem ter ódio, espernear, etc. As PMs nunca vão se desmilitarizar. Isso é fato.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Acho melhor estudar um pouco de história meu amigo, as coisas estão sempre mudando.

Anônimo disse...

O problema não é que os praças não queiram está sujeitos a fiscalização. Em qualquer área se deve ter fiscalização e tenho certeza qe a maioria dos praças sabem disso, o que é reivindicado, é o respeito mutuo, planos de carreiras que motivem o praça, 17 anos como soldado para depois se não tiver engarrafamento na fila virar sargento é desmotivador. Aumento de 20% para oficiais e 5,0% para praças, almoço em salas separadas com comidas diferenciadas , clubes de recreação separados, somos militares e a união é fundamental, eu sei que é difícil manter a hierarquia se forem criados vínculos de amizade mas dá para melhorar muita coisa e com um pouco de boa vontade, os "senhores" podem descer do seu salto alto e olhar q estamos no mesmo barco.

Anônimo disse...

Tendo como ponto de vista a PMBA, me alegra em saber que temos oficiais que apesar da lavagem da APM, saem de lá com noção que indepedente da graduação todos merecem respeito e tratamento como humanos. Está acabando aquela polícia em que os praças não sabiam ler e nem escrever estavam na polícia só para bater e serem marionetes, sou Oficial na PMBA e sou instrutor de alguns alunos soldados e fico feliz em saber que muitos tem um bom nível de conhecimento, vamos unir nossa polícia temos que seguir o nosso regulamento, mas há situações em que basta usarmos o bom senso e trabalhar para melhoria de todos. O Blog é bem democrático e aberto, boa iniciativa Al Of Victor. Boa Sorte!

 
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