A edição desta semana de Veja (Nº 2061) traz alguns pontos de entrevista realizada com o sociólogo Hugo Acero, que foi secretário de Segurança de Bogotá, capital da Colômbia, apresentando as soluções lá aplicadas como parâmetro a ser seguido no Brasil. Em boa parte, é o que já foi defendido anteriormente aqui no blog, como melhorar a iluminação pública, controlar horário de funcionamento de bares, garantir o cumprimento da lei pela Justiça, atentar para o tráfico, crime organizado e integrar as polícias, nada muito inovador, porém ainda não aplicado devidamente. O que chama a atenção é o tópico final, apontando que as mulheres são menos corruptas ao dizer que "Na Colômbia, para cada dez policiais homens investigados por corrupção ou problemas disciplinares, apenas uma mulher passa por averiguações pelos mesmos motivos. Hoje, elas representam 15% do efetivo da polícia colombiana. Mulheres são menos corruptas e mais disciplinadas." Primeiramente do ponto de vista numérico, segundo os dados fornecidos, a discrepância é pouca, razoável e dentro de uma margem de tolerância. Ademais, é preciso levar em conta o envolvimento delas com a atividade fim propriamente dita. Não sei bem como é por lá, mas aqui é notório o envolvimento predominante do segmento feminino em unidades administrativas ou atuando na atividade meio, fora das ruas. Já citei em outro momento o fato ainda não ter visto uma policial militar nas reportagens sobre incursões em morros do RJ, por exemplo. Justiça seja feita, se a corrupção é estatisticamente menor, é preciso avaliar se também não é menor o contato com a criminalidade. A probabilidade do combatente diuturno de rua ser corrompido é muito diferente se comparada à de quem está em trabalhando internamente em uma repartição afastada do labor miliciano.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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