Não há mais o que se falar em acaso ou coincidência, o surto descotrolado da matança de policiais militares atinge um patamar de inadmissibilidade certamente nunca antes visto nesta terra de todos os santos. Outro PM foi morto agora à tarde, apontado pela imprensa como Evandro Santos Brito, da 18ªCIPM. Hoje era para ser um dia feliz na PMBA, foram divulgadas promoções de oficiais a capitão, major, tenente-coronel e coronel, mas a morte de 2 PMs neste sábado, totalizando 4 policiais militares assassinados em apenas 3 dias, ofusca qualquer alegria, choca até os mais acostumados com a turbulenta e sofrida vida desses profissionais. Um deles "não era tão PM assim", constava como desertor já há bom tempo, o que o desvincula da condição de PM para fins dessa estatística, mas de qualquer forma... E agora, o que fazer? Que providências tomar? Não se sabe ao certo, quem sabe seria um momento de responder energicamente e de modo exemplar, mobilizando efetivo de folga, empregando todas as viaturas, pessoal, todos os meios possíveis para, pelo menos, capturar os acusados desses homicídios, estourar bocas-de-fumo, prender quem deve ser preso. Mas tudo isso dá muito trabalho, tem custos, ainda que haja boa vontade por parte de alguns, esbarra em dificuldades mil, sem contar no insucesso premeditado pelos que apontam o RJ como exemplo de que a política do combate a ferro e fogo não é plenamente eficaz. Hoje as polícias civil e militar estiveram atuando em megaoperação em bairros suburbanos, várias prisões e apreensões foram realizadas, mandados cumpridos, mais de 500 homens envolvidos, e o resultado parece ter sido inverso ao desejado, efeito colateral, talvez sem vínculo de causa e consequência, mas com paradoxal simultaneidade. Quando serão lamentadas novas perdas, derramadas mais lágrimas? Quem será o próximo? Eu, ele, você(s)?
sábado, 13 de setembro de 2008
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Um comentário:
Enquanto não fizer uma reformulação na lei penal brasileira,que favorece mais a criminalidade que a sociedade,vão continuar morrendo, inocentes e homens que zelam por esses.
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