sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Remuneração

As idéias que adiante se seguem são um tanto polêmicas, necessitam ser interpretadas com cuidado, mas são alicerçadas em argumentos consistentes, aptos a serem refutados por quem julgar oportuno.

- Policiais devem manter contínua busca pela valorização do seu ofício, uma das formas mais nítidas de cumprir essa missão é cobrar remuneração proporcional ao risco que correm os combatentes nas ruas, algo que ainda não acontece;
- Mais do que sonhar com salários astronômicos, é preciso primeiramente exigir o cumprimento do que a lei prevê sobre gratificações, adicionais e todos os benefícios a que se tem direito legítimo e ainda não foram regulamentados;
- A bolsa formação, benefício de difícil compreensão implementado pelo governo federal, mensalmente aumenta sua lista de contemplados, agraciando profissionais da segurança pública com a renda líquida extra de R$400,00 a mais por mês, sem qualquer desconto;
- Esse valor, considerando a média de recebimento líquido mensal da maioria, representa 50% de aumento para os alunos-a-oficial, cerca de 30% de aumento para soldados, porcentagem que certamente nenhum governador a ser eleito concederá como reajuste;
- O andamento dessa distribuição de renda definitivamente não parece representar qualquer mudança na qualidade da prestação de serviço. Pelo menos entre os primeiros, que passaram a receber metade do salário a mais, vê-se que as práticas continuam as mesmas, não alterando a motivação, o comportamento, a disciplina, a dedicação, a apresentação pessoal ou qualquer outro aspecto detectável;
- Logo, partindo dessas premissas, infere-se que o argumento de que um mau serviço é prestado em virtude da má remuneração torna-se insosso, descabido, vazio, cai por terra. Nem essa renda extra, bastante significativa, serviu para motivar quem se encontra cabisbaixo. Alegar que trabalha mal, se atrasa, anda maltrapilho, age com indisciplina, entre outras falhas, em decorrência da má remuneração, passa a ser um falso silogismo;
- A luta por melhorias nas condições de trabalho tem que continuar, sem que isso signifique, em hipótese alguma, a má prestação de serviço à comunidade. Quem pensa diferente, pode se manifestar, ou preferencialmente estudar para o concurso para oficial da PMMS, cujas inscrições estão abertas e o salário é altamente atraente.

Um comentário:

Anônimo disse...

interessante, muito interessante ...

vou fazer o cfo, e com fé em Deus, este ano eu passarei. Para que? Por que?

Existem vários fatores. claro que o financeiro conta, mais não com relação a ganhar muito dinheiro. Na minha visão, o oficial não ganha tanto assim, relacionando aos possíveis riscos, da para ganhar mais dinheiro fazendo outras coisas, com garra e com vontade todos crescem. Mas, a segurança financeira me atrai, e claro que não poderia ser diferente, todo professor, médico e agentes de segurança deve ter uma boa estrutura financeira, no mínimo digna.
Outro fator são as outras pessoas. Sim elas influenciam demais, e lá dentro vc será alguem direcionado , vc será alguem nesta sociedade tão injusta, alguem respeitado, e isso é muito importante.
mas de todos os motivos e de todas as possíveis possibilidades que me levam a fazer este concurso, a que eu mais gosto se resume nesta frase: "Ajudar o próximo". Eu fiz um curso de Eng. no CEFET, mas vi que este curso não me ajuda a ajudar ninguem, o administrador não lida com o ser humano, e, hoje, o engenheiro é administrador e isso é péssimo. saí. Fui para um curso na UFBA. mas lá também não é diferente. As pessoas lá só pensam no seu próprio umbigo e não olham o seu semelhante. E o que mais me deixou triste naquela instituição é que as pessoas são totalmente levadas. E alguns pouco podem manipular e fazer com que as outras sigam o que eles querem. Ficou claro para mim no quesito PM na UFBA. Lá posso dizer ao senhores com total segurança, drogas é a coisa mais comum do mundo para eles e eu era uma pessoa que não agradava, que não deixa me influênciar.
Assim, depois de falar tantos temas polêmicos ( Salários, pessoas, PM na UFBA, vontades ...), eu respondo dizendo que eu quero ser um PM para poder ajudar as pessoas, para tentar servir e honrar as cores do meu batalhão, as cores da instituição que eu vou servir, as cores dos meu estado, do meu país. E espero que minha tendência a seguir a área militar seja a que prevaleça e que eu possa ser muito feliz, primeiramenten no CFOPM, na APM, depois, no aspiralato, e, em seguida, no meu oficialato.

 
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