sábado, 6 de setembro de 2008

Amanhã

O 7 de setembro tem se tornado mais o dia do militar do que comemoração da independência, em virtude de ser o grande dia em que esse segmento peculiar é lembrado pela sociedade, apresentando em desfile o garbo marcial da tropa em marcha. Tem sempre espaço para o enfadonho discurso anti-heróico, renegando versões da história do Brasil, sempre alvo de muitas polêmicas; por isso prego que a data é parâmetro para o desfile cívico, muito mais do que para reviver passagens da história do país. É um dia cansativo para alguns e empolgante para outros, momento de ir com o uniforme mais checado, acordar bem cedo e se preparar para enfrentar sol ou chuva pela avenida, sob aplausos de idosos saudosistas, de crianças inebriadas, e por quê não dizer, de algumas moças assanhadas. É interessante a capacidade de atração exercida na população pela passagem do destacamento, reunindo grande aglomeração não vista em outras datas significativas, e tudo isso geralmente sem uso de bebida alcoólica nem trio elétrico, magnetismo irresistível por aqui. A beleza, ordem e brio transmitida pela passagem da tropa "rachando o solo" nem sempre corresponde ao que se encontra nos outros dias do ano no intramuros, mas é válido reviver toda pompa histórica durante uma manhã, ainda há quem valorize essa tradição, que mesmo com o passar do tempo continua fascinando muitos.

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