Sonho

Hoje um caminhão de bebidas quebrou na BR-324 próximo à capital e foi saqueado por populares. A PRF chegou ao local e envidou esforços, empregando seus meios, para fazer cessar a ação ilícita, contudo não pareceu ter alcançado o sucesso sozinha, talvez por falta de experiência, segundo as breves imagens transmitidas na TV. A Rondesp chegou com a energia e eficiência tradicional, interrompendo a ação temporariamente, ainda assim não sendo capaz de suspender definitivamente a ação, já que mesmo junto à PRF ainda compunham um efetivo limitado diante da multidão ensandecida, além disso a guarnição teria se afastado do local para prestar socorro a uma condutora, momento em que os oportunistas avançaram. Esporadicamente há registro do saque de alimentos em acidentes, por pessoas que antes de se preocupar em prestar socorro ou respeitar o patrimônio alheio, querem de qualquer maneira obter vantagem ilícita. A carga parecia um grande atrativo no caso em voga, eram refrigerantes e bebidas alcóolicas, principalmente cerveja, roubada por um grupo que violentamente trocava empurrões e pisoteios querendo sempre mais; teve gente tomando banho de cerveja em lata no local, um êxtase na vida daquele indivíduo. Tenho leve impressão que há um ímpeto violento subconsciente em muitos brasileiros que estabelece como grande meta da vida participar de um linchamento ou de um saque, valendo-se da força e anonimato da coletividade para praticar ilicitudes. É algo para ser estudado por profissionais do âmbito, me limito a crer que se a carga do caminhão fosse de livros e enciclopédias, possivelmente ninguém se interessaria em saquear, quem quiser que pense diferente.

Louros

Recebi um e-mail que me fez lembrar o quanto a polícia é esquecida nos momentos em que acerta, é bem-sucedida, alcança bons resultados. Semana passada, na quinta-feira, Salvador teria registrado um dia inteiro sem registro de roubo em coletivo, algo elogioso, façanha a ser perseguida por mais diversas vezes. Há 10 dias iniciou-se em Tancredo Neves o Ronda nos bairros, reforçando o policiamento da área, e o site da PMBA bem como o Diário Oficial do Estado apresentam dados indicativos de redução em índices de violência. Mas nada disso parece merecer maior destaque na imprensa, como bem lembrava a mensagem que recebi, dificilmente quando se pergunta por alguém a pessoa que responde vai lembrar de exaltar suas virtudes, falar que vai muito bem de saúde, com condição física invejável, por exemplo. Mas diante da menor falha, de um vacilo ou mal súbito temporário, muitos tendem a ser implacáveis em apontar a situação de erro, o mal-estar, o defeito. Quem sabe um dia passem a ver de igual maneira os ônus e bônus da atividade da polícia; registre-se o elogio aos envolvidos no trabalho que resultou nas glórias alcançadas.

Tiro

O livro Tiro policial: técnicas sem fronteiras, de autoria de Gerson Dias Gomes e Erico Marcelo Flores, o primeiro major e o segundo capitão, ambos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, é uma obra merecedora de incontáveis elogios pela sua amplitude de temas e objetividade na abordagem, sendo essencial para quem desenvolve estudos nessa área e trabalha com armamento na atividade policial. Não trata com a profundidade esperada por especialistas ou estudiosos aprofundados, é direta e concisa com o arcabouço teórico que o policial deve ter para bem exercer sua função, com domínio mínimo suficiente para bem manusear as armas de fogo mais comuns e entender sua história, mecanismo de funcionamento, legislação pertinente, procedimentos de segurança na abordagem, potência das munições e todo amplo leque de conhecimentos disponíveis. Valeu a pena, realmente muito bom o material, de qualidade elogiável e leitura indispensável.

Entrevista

A correria nos últimos dias nem permitiu que informasse de imediato, mas ainda é tempo para fazer menção à minha participação no Entrevista Blogs, iniciativa exemplar no intuito de conhecer melhor os autores e intenções de cada blog. Lá tive a oportunidade de responder algumas questões sobre o Blitz Policial que ainda não haviam sido comentadas por aqui, sendo bastante oportuna a participação; sinto-me honrado em ter sido convidado, vale a pena visitar o espaço.

Ten

Quase a PM perde mais um integrante hoje, um tenente de nome não divulgado foi vítima de tentativa de roubo por 5 homens no ínicio da tarde em seu carro, quando estava acompanhado da namorada e felizmente sobrevivieu; reagiu com sucesso, repelindo o ataque dos criminosos a tiros, que não chegaram a atingir os bandidos, segundo Aratu e Itapoan. Foi-se o tempo em que se dizia que a preocupação das famílias de policiais militares era se eles voltariam do serviço, hoje a situação parece bem mais periclitante nos períodos de folga, quando cada vez mais policiais são vítimas dos ataques do crime.

Resplendor

O desencadear da Operação Resplendor, realizada pela Polícia Federal, registrou a prisão de policiais federais, civis e militares. É um fato que chama a atenção, afinal, se para os comuns é esperada a observância das leis, aos policiais cabe ainda a vigilância pelo cumprimento das mesmas, sendo sua violação ainda mais recriminável em virtude do ofício. É preferível acreditar que o alarde geralmente criado seja fruto da persistência do ideal existente em acreditar e confiar nas forças policiais, ainda que em subconsciência. O que não se pode admitir é a generalização apressada; desvios sempre ocorrem nas mais diversas carreiras, em menor ou maior proporção, contudo não podem em hipótese alguma macular o esforço de uma maioria que cumpre sua parte, permitindo que a sociedade dê andamento às suas atividades normais, no limite do possível.

Ambiental

Concluída a leitura da obra Policiamento Ambiental na Bahia: Teoria e Prática, pode-se dizer que é um livro referencial para este segmento especializado da atividade policial. Composto por um apanhado completo da legislação pertinente ao tema, bem como modelos de diversos documentos, além de uma série de sugestões para melhorar a prestação deste serviço diferenciado, as mais de 200 páginas são fruto do trabalho desenvolvido pelo TC PM Antônio de Carvalho Mélo Filho e do Cap PM Dilson Antonio Rosário dos Santos, ambos da PMBA. Trata da caça, pesca predatória, desmatamento, poluição, todo o rol de crimes deste âmbito, esclarecendo questões pouco conhecidas, como por exemplo o enquadramento para a conduta tipificada como pichar ou grafitar edificações, prevista no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais, Nº9.605 de 12 de fevereiro de 2008. Bastante esclarecedora sua leitura, e recomendável a posse para consultas futuras.

Protocolo

A situação de militar insere na polícia uma série de procedimentos regulamentares a serem obedecidos, sempre com as ressalvas que o serviço diferenciado deve observar, acatando a oportunidade e a conveniência.
Práticas como a continência e a apresentação pessoal, por exemplo, são perfeitamente cabíveis para uma visita em unidade administrativa ao se manter contato com um superior, já no serviço da área podem ser dispensadas, preservando-se o respeito, para não prejudicar o bom andamento. Assim também deve ser com práticas mantidas em unidades-escola ou tropas aquarteladas, o segredo reside em equilibrar o que é exigível ou não em cada circunstância, algo nem sempre instintivo.

Já tratou-se aqui anteriormente sobre uma tropa em forma, por exemplo; para quem a vê do conforto de um palanque, na sombra e à vontade, é difícil mensurar o grau de desconforto da permanência imóvel ao sol. À virtude nesse sentido se dá o nome de empatia, que nada mais é do que se colocar no lugar do outro.
Conciliando as idéias dos dois parágrafos anteriores, infere-se, por exemplo, que há uma diferença entre palestrar em auditório confortável e tempo adequado, ou dar sermões a uma platéia de pé por longo período. Ao iniciar o serviço, é possível tolerar que se prolongue um pouco o contato, se necessário, no intuito de passar instruções. Em contrapartida, não há como consentir que se coloque uma tropa além do seu horário de expediente, conservando formalidades burocráticas, para ouvir mensagens irrelevantes, sem um interesse real que assim justifique. O acatamento cego e mecanizado pode até se ajustar com a disciplina, mas foge da utilidade coletiva. Sensatez é a palavra-chave.

Pêsame

Não há mais palavras para título ou imagens para compor postagens sobre as mortes de policiais militares na Bahia, que em setembro alcançam índice elevado com mais uma perda registrada hoje. Sites de notícias relatam a morte do PM Vanilton Nunes Pereira dos Santos nesta tarde, a mescla das notícias dá entender que ele seria oriundo do Esqd Mcl Águia, em transição para a Rondesp. O fato transcorreu na Avenida Vasco da Gama, quando o combatente teria sido rendido por 4 homens em 2 motos, atingido fatalmente na cabeça ao reagir, estando fora de serviço. Lamentavelmente, prossegue a desenfreada matança na capital do estado. (Aratu, iBahia, Itapoan, Correio)

Sgt

José Nilson Gama dos Santos, 1º Sargento de Infantaria, do Tiro de Guerra de Cruz das Almas, cerca de 150km da capital, foi vítima de homicídio na madrugada de hoje na rodoviária da cidade. O militar, que estava armado e trajando uniforme do Exército Brasileiro, levava familiar para o terminal; ao desembarcar do veículo para verificar a situação, teria sido alvejado fatalmente pelos criminosos que arrombavam guichês levando quantias em dinheiro. Fatos lamentáveis como este servem de alerta para mostrar que não há seletividade dos bandidos só aos policiais, quem quer que represente a menor ameaça à prática delituosa pode ser brutalmente morto sem o menor remorso. (A Tarde, C0rreio, iBahia, Aratu e Itapoan)

Humanizar

Interessante palestra foi ministrada hoje pelo senhor Maj PM Ramalho Neto, comandante da 40ªCIPM/Nordeste de Amaralina, área marcada pela carência de estrutura e elevado índice de criminalidade, conforme apresentado nas imagens e estatísticas dos bairros compreendidos na área da unidade. A apresentação foi válida por apresentar que mesmo em locais críticos é possível lutar em favor das políticas humanitaristas, adequando a prestação do serviço policial ao bem-estar da comunidade, superando-se as adversidades que surgem. Logicamente não há como evitar o confronto quando preciso for, em defesa da coletividade; contudo, quando não é caso de intervenção enérgica, deve-se preservar o respeito mútuo, promovendo a boa convivência por meio das lideranças comunitárias, por exemplo. Contatos com comandantes de unidades operacionais que possivelmente serão o ambiente de trabalho dos aspirantes-a-oficial logo após a formatura são sempre válidos no intuito de trazer às salas de aula a conjuntura encontrada lá fora, podendo tornar-se fator decisivo para uma escolha feliz quando do início das atividades e trabalho. Boa iniciativa, quanto mais vezes puder ser repetida, certamente agradará a muitos.

Autodisciplina

A autodisciplina é um patamar de difícil alcance, se é que alguém pode atingi-la de maneira plena. Contudo, há freios morais que são comuns à coletividade, e a falta dos mesmo denuncia algum tipo de irregularidade na conduta. Tome-se como exemplo os comportamentos em ambiente público, principalmente aqueles diversos à habitual estadia. Sendo mais claro ainda, um civil que adentra um quartel, como tem acontecido frequentemente através de políticas de aproximação da PM com a comunidade, cedendo espaço para prática de esportes, lazer, artes, atividades infantis, entre outras. É de se esperar que as pessoas saibam se comportar em conformidade mínima com o ambiente, ou seja, não vagando sem camisa, bradando palavrões, portando-se de modo vulgar etc. Mas essas questões podem ser tão individuais à cultura de cada um que possivelmente no pensamento daquele visitante ele está certo em andar de um lado a outro só de sunga, namorar à vontade e manter uma série de comportamentos incompatíveis com o local em que se situa. É certo que não faria o mesmo em delegacia, repartição pública ou quaisquer locais do gênero, e quanto mais proceder desse modo em um ambiente militar. Quando falta o limite particular, entra o lembrete externo de que não se está na intimidade do lar, necessitando-se manter um mínimo de compostura conforme o recinto, dever implícito de todos que flagrem essas condutas desviantes merecedoras de reparos.

Edital CFO 2009

Publicado hoje no Diário Oficial do Estado o Edital do concurso público para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia. Serão 200 vagas, divididas entre 176 para o sexo masculino e 24 para o feminino, exigindo-se idade mínima de 18 e máxima 30 anos no ato da matrícula, mínimo de 1,60m para homens e 1,55m para mulheres, ensino médio completo, entre outros requisitos anunciados no documento. Após aprovação no exame de conhecimentos, há ainda o exame psicológico, o médico-odontológico cujos custos são arcados pelo candidato, o teste de aptidão física que tem índices bastante fáceis e ainda assim há gente que negligencia e é eliminada nesta etapa, e finalmente a checagem de documentação e sindicância social contínua para a matrícula. O curso é anunciado para ter início no segundo semestre de 2009, após transcorridas as etapas do certame. Sobre salário, a remuneração estabelecida não tem grandes perspectivas de aumento para o futuro, portanto aqueles que condicionam sua eficência ao aspecto financeiro, aproveitem a abertura das vagas do CFO da PMMS, cujos vencimentos são extremamente superiores aos da PMBA, é só estudar mais que passa. Lá o aluno oficial recebe R$ 3.925,18 segundo o edital, mais de quatro vezes o valor pago na Bahia. Oficial PM não é auditor fiscal, analista técnico, auxiliar administrativo ou qualquer função meramente burocrática que a maioria está apta a exercer, é bom conhecer profundamente a realidade policial e o ambiente militar, antes de optar pela carreira.

Remuneração

As idéias que adiante se seguem são um tanto polêmicas, necessitam ser interpretadas com cuidado, mas são alicerçadas em argumentos consistentes, aptos a serem refutados por quem julgar oportuno.

- Policiais devem manter contínua busca pela valorização do seu ofício, uma das formas mais nítidas de cumprir essa missão é cobrar remuneração proporcional ao risco que correm os combatentes nas ruas, algo que ainda não acontece;

- Mais do que sonhar com salários astronômicos, é preciso primeiramente exigir o cumprimento do que a lei prevê sobre gratificações, adicionais e todos os benefícios a que se tem direito legítimo e ainda não foram regulamentados;

- A bolsa formação, benefício de difícil compreensão implementado pelo governo federal, mensalmente aumenta sua lista de contemplados, agraciando profissionais da segurança pública com a renda líquida extra de R$400,00 a mais por mês, sem qualquer desconto;

- Esse valor, considerando a média de recebimento líquido mensal da maioria, representa 50% de aumento para os alunos-a-oficial, cerca de 30% de aumento para soldados, porcentagem que certamente nenhum governador a ser eleito concederá como reajuste;

- O andamento dessa distribuição de renda definitivamente não parece representar qualquer mudança na qualidade da prestação de serviço. Pelo menos entre os primeiros, que passaram a receber metade do salário a mais, vê-se que as práticas continuam as mesmas, não alterando a motivação, o comportamento, a disciplina, a dedicação, a apresentação pessoal ou qualquer outro aspecto detectável;

- Logo, partindo dessas premissas, infere-se que o argumento de que um mau serviço é prestado em virtude da má remuneração torna-se insosso, descabido, vazio, cai por terra. Nem essa renda extra, bastante significativa, serviu para motivar quem se encontra cabisbaixo. Alegar que trabalha mal, se atrasa, anda maltrapilho, age com indisciplina, entre outras falhas, em decorrência da má remuneração, passa a ser um falso silogismo;

- A luta por melhorias nas condições de trabalho tem que continuar, sem que isso signifique, em hipótese alguma, a má prestação de serviço à comunidade. Quem pensa diferente, pode se manifestar, ou preferencialmente estudar para o concurso para oficial da PMMS, cujas inscrições estão abertas e o salário é altamente atraente.

Lista

Um dos dias mais esperados por muitos policiais ultimamente, a cada mês, é a data de divulgação dos contemplados pelo benefício Bolsa Formação, instituído pelo Governo Federal. Hoje foi mais um desses dias, publicando-se a lista de beneficiados referente ao mês de agosto, já disponível no site do Ministério da Justiça. A todos, bom proveito desta verba legítima que incrementa substancialmente os vencimentos mensais.

Resposta

A página oficial da PMBA apresenta em destaque uma nota em resposta ao jornal Correio, esclarecendo detalhes sobre a situação dos coletes balísticos na corporação, através de informações técnicas e dados oficiais que se contrapuseram ao divulgado pelos jornalistas. É perceptível que, além da remodelação e redução de preço como estratégias de sobrevivência do referido jornal, recorrentes capas sobre criminalidade na capital tem sido produzidas, com imagens fortes de armas, vidros estilhaçados e outros símbolos diversos. Se a segurança pública está em voga, é normal que se fale constantemente dela, contudo é sempre preciso cautela e profissionalismo, visando atender objetivos maiores do que a mera vendagem. Há reportagens que prestam desserviço aos interesses sociais que devem nortear qualquer atividade, como insistir na promoção de alarde que incite rivalidade entre as polícias civil e militar, corporações que inexoravelmente necessitam uma da outra a cada instante. Tenhamos cuidado ao ler e assistir a reportagens, não se sabe o grau de confiabilidade premeditado de quem a fez.

Fórum

O transcurso desta semana é marcado na APM-BA pela realização de um exemplar Fórum Acadêmico de Segurança Pública, cuja cobertura tem sido satisfatoriamente realizada pelo blog Abordagem Policial. Iniciado na segunda-feira, o trabalho se estende até a sexta-feira, com temáticas variadas e palestrantes de diversas áreas, conforme sintetizam os releases até o momento publicados. Na segunda-feira o assunto era eleições, boa parte do conteúdo já havia sido antecipado aqui no Blitz Policial em virtude da divulgação oficial à imprensa e à corporação. A terça-feira contou com vasta apresentação sobre om Batalhão Metropolitano, grande novidade da PMBA atualmente, com boas chances de ser um sucesso. Hoje a complexidade das discussões envolveu tortura, questões penitenciárias e o controle externo da atividade policial, este último personificado na pessoa da promotora Isabel Adelaide, que teceu comentários pertinentes sobre o todo da segurança pública, demonstrando conhecimento acerca das tantas limitações que o efetivo encontra para prestar um bom serviço, por razões diversas. É interessante saber como o Ministério Público trabalha em prol da moralidade administrativa nas polícias, visando controlar excessos, em defesa da legalidade. Passagem digna de registro das palavras dela é a defesa da manutenção do modelo militar na força pública estadual para fins de melhor controle, bem como da necessidade de valorizar os cargos de secretário de segurança pública, não os entregando gratuitamente a generais do Exército ou delegados da Polícia Federal, praxe que tem se alastrado ultimamente, no que concordou o professor Cléber Leitão, também participante do fórum. O ciclo de palestras tem sido bastante produtivo, será abordada amanhã a visão dos comandantes de unidades operacionais quanto ao que se espera do oficial recém-formado e na sexta-feira o tema é a lei seca.

Poder

Com grata satisfação divulgo a descoberta de mais um bom blog policial baiano, que está sendo desenvolvido por um colega de minha turma, o Al Of PM Rosemberg. Trata-se do Poder de Polícia, que inicialmente apresenta um modelo de conteúdo semelhante ao do Blitz Policial, enriquecendo mais ainda as discussões sobre temas atuais e situações vivenciadas no cotidiano de um aluno-a-oficial, através da publicação de impressões diversas sobre variadas situações e opiniões englobadas no todo da atividade policial. Em deferência à pessoa dele, posso dizer que o Poder de Polícia será, "sobretudo, peremptório e holístico". Sucesso com o projeto!

Parada

Iniciada na tarde e prolongando-se até a noite de domingo, a VII Parada Gay realizada em Salvador ontem encheu as ruas de libertinagem, sendo um evento representativo para seus asseclas, e fatalmente tomado pelo espírito festeiro desta terra. Inicia-se com todo um propósito e característica do segmento, mas logo em meio aos trios surge uma banda de axé, outra de pagode, e tudo se torna carnaval, já nem sendo mais vistos simpatizantes da causa, com predomínio da população comum da cidade. É assim também na Lavagem do Bonfim, como avaliado à época aqui no blog, tendo a festa toda uma formalidade tradicional, mas ao final é mais um carnaval antecipado, respeitadas as devidas proporções. A estrutura do evendo deixou muito a desejar, sem o devido amparo da Saúde, Bombeiros, Polícia Civil, entre tantos outros órgãos que devem prover infra-estrutura nessas horas através de postos de saúde, delegacias avançadas, ambulâncias etc. Contudo a PM se fez presente, principalmente através da APM, BPGd e BApOp, cumprindo com primazia seu papel, em um evento cuja violência é pouca, e quando flagrada, muitas vezes é praticada por marginais alheios à festa. Trio elétrico, cerveja, sol e muita gente nas ruas, tudo como tinha que ser, felizmente o resultado foi conforme o esperado, reforçando o entrosamento criado ao longo do tempo entre a PMBA e a população local.

Vejamos

A edição mais recente da revista Veja (Nº2078) apresenta um projeto interessante dos cineastas José Padilha e Marcos Prado: o plano de rodar um Tropa de Elite II, tornando o capitão Nascimento, já grisalho aos 48 anos, secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, elevando a abordagem sobre a corrupção no campo policial aos altos escalões do poder. Diz-se que já há patrocínio interessado em levar a idéia adiante, faltaria ainda convencer o próprio Wagner Moura, ator principal, a aceitar o papel, supostamente resistido em virtude de estigmatização de sua carreira que viria a ser provocada pelo personagem. Se for esse um dos principais desafios, é bem provável que a idéia saia do papel, seria muito bom ver outro filme de igual qualidade e realismo tratando sobre o polêmico tema da segurança no pais, torce-se para que os trabalhos comecem logo.

Absurdo

Não há mais o que se falar em acaso ou coincidência, o surto descotrolado da matança de policiais militares atinge um patamar de inadmissibilidade certamente nunca antes visto nesta terra de todos os santos. Outro PM foi morto agora à tarde, apontado pela imprensa como Evandro Santos Brito, da 18ªCIPM. Hoje era para ser um dia feliz na PMBA, foram divulgadas promoções de oficiais a capitão, major, tenente-coronel e coronel, mas a morte de 2 PMs neste sábado, totalizando 4 policiais militares assassinados em apenas 3 dias, ofusca qualquer alegria, choca até os mais acostumados com a turbulenta e sofrida vida desses profissionais. Um deles "não era tão PM assim", constava como desertor já há bom tempo, o que o desvincula da condição de PM para fins dessa estatística, mas de qualquer forma... E agora, o que fazer? Que providências tomar? Não se sabe ao certo, quem sabe seria um momento de responder energicamente e de modo exemplar, mobilizando efetivo de folga, empregando todas as viaturas, pessoal, todos os meios possíveis para, pelo menos, capturar os acusados desses homicídios, estourar bocas-de-fumo, prender quem deve ser preso. Mas tudo isso dá muito trabalho, tem custos, ainda que haja boa vontade por parte de alguns, esbarra em dificuldades mil, sem contar no insucesso premeditado pelos que apontam o RJ como exemplo de que a política do combate a ferro e fogo não é plenamente eficaz. Hoje as polícias civil e militar estiveram atuando em megaoperação em bairros suburbanos, várias prisões e apreensões foram realizadas, mandados cumpridos, mais de 500 homens envolvidos, e o resultado parece ter sido inverso ao desejado, efeito colateral, talvez sem vínculo de causa e consequência, mas com paradoxal simultaneidade. Quando serão lamentadas novas perdas, derramadas mais lágrimas? Quem será o próximo? Eu, ele, você(s)?

Infindo

Registra-se a terceira morte consecutiva de policial militar em Salvador na madrugada desta sexta-feira para sábado, por volta de 01h, completando praticamente 3 PMs mortos em 3 dias seguidos, ritmo inacreditável. O mais recente é o homicídio que vitimou o PM Gilberto Alves da Silva, perseguido e atingido por vários tiros estando fora de serviço. O Correio diz ter recebido do Departamento de Comunicação Social (DCS-PMBA) a informação de que o mesmo estava em situação de desertor há cerca de um ano; ainda que esse fato deva ser considerado, a verdade é que o número de policiais mortos lamentavelmente tende a quebrar recordes neste ano, sem dúvidas em decorrência do recrudescimento do comércio de drogas, grande mal a ser combatido pelo aparato da segurança pública, mais do que muitas outras modalidades, as quais por vezes são derivadas da maléfica cadeia do tráfico.

Eleições

Hoje pela manhã foi apresentado o planejamento operacional das eleições 2008 na Bahia, no CAB (1, 2 e 3). Estiveram presentes o governador do estado, comandante geral da PM, delegado-chefe da PC, oficiais superiores da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de uma série de autoridades civis envolvidas no processo, diante de uma platéia repleta de oficiais e praças da corporação. Chama a atenção a grandeza da operação, envolvendo mais de 25 mil PMs, praticamente todo o efetivo, englobando alunos dos cursos de formação de oficiais e de soldados, exigindo assim exemplar preparo logístico. Uma das novidades é o provimento de vale-postal em lugar do ticket alimentação, no valor de R$ 15 para 12 horas de serviço, sendo retirada a quantia nas agências dos Correios. Breves contatos com a legislação eleitoral nos mostram quão distante estão as práticas corriqueiras do ideal pretendido pelo legislador, não que isso represente contravenção, muito pelo contrário, talvez seja flexibilização e adequação aos novos tempos, já que o Código Eleitoral é datado de 1965, período cuja conjuntura era extremamente diferente da hodierna. Normalmente as disputas ns rincões do interior são mais calorosas e problemáticas do que na capital, mas ao que tudo indica a briosa está apta a prestar um bom serviço nos quatro cantos do estado, através de ações que já se iniciaram pelo período de campanha e se extendem até após a apuração dos votos, além da possibilidade de haver segundo turno em Salvador e Feira de Santana. Dentro de algumas semanas o processo se realizará, torce-se pelo pleno êxito da execução do serviço.

Malogro

A PMBA perde mais um sargento, em menos de 24 horas. Novamente o Correio, A Tarde, iBahia, Aratu e Itapoan informam o homicídio praticado contra um policial militar, José Jorge de Arruda, vítima de vários disparos de armas de fogo quando de folga, próximo ao local onde morava. O fato demonstra a imprevisibilidade de crimes como o homicídio contra policiais, que passa semanas sem nenhum registro, e agora acontece com intervalo de tempo inesperado. Houve resposta imediata nos dois casos, com prisão de suspeitos, o que infelizmente não parece suficiente para evitar que novos fatos lamentáveis como estes venham a ocorrer. Aparentemente, não há sequer o que apontar como descuido dos PMs em relação aos fatores que possam ter permitido a ocorrência, estavam simplesmente seguindo em normalidade suas vidas, quando foram atacados covardemente pelos criminosos, sempre impiedosos, executando policiais de modo dantesco.

Pesar

Da leitura de A Tarde, Aratu, Correio, iBahia e Itapoan, depreende-se o registro de homicídio vitimando o Sargento PM Teófilo Santos Matos, do BPGd, morto a tiros nesta manhã quando em folga no bairro da Engomadeira, pesarosamente engrossando as estatísticas de baixas na corporação em 2008.

Chamada

Parece que a entrada de "temporários" na PMBA vai mesmo sair do papel, trazendo civis para cumprir determinadas funções administrativas em que seja oportuno e conveniente, e liberando assim policiais militares para a atividade fim, o policiamento ostensivo nas ruas. Segundo A Tarde, devem ser selecionados mil candidatos reservistas das Forças Armadas, que já cumpriram serviço militar obrigatório, critério até então não muito divulgado, que deve facilitar a adaptação dos novatos ao ambiente, sem maiores dificuldades. É uma notícia boa, espera-se que seja prestado um bom serviço pelos temporários, e o reforço valioso dos militares chegue às unidades operacionais; melhor ainda se for possível um trabalho de recapacitação voltado para a atividade prática quando essas medidas começarem a ser aplicadas efetivaamente. Em poucos dias o processo seletivo deve ser iniciado, visando colocar os aprovados em atividade já no próximo ano. O sucesso da idéia é expectativa de todos, para melhor prestação do serviço da corporação.

Sangue

Uma das práticas mais nobres e pouco divulgadas comuns na PMBA é o envio de doadores aos bancos de sangue da cidade, sobretudo oriundos da Academia de Polícia Militar. Não são só os alunos-a-oficial que praticam este ato nobre, praças e oficiais também o fazem, como divulgado hoje, através do estabelecimento de parceria entre o NACCI (Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil) e a corporação, na pessoa do comandante geral, com vistas a estimular a doação. A legislação estabelece o limite de 1 doação por semestre tendo como recompensa o afastamento do serviço sem prejuízo; em outras palavras, uma folga legítima no dia. É verdade que muitos são atraídos mais pelo benefício do que pelo altruísmo em doar, algo natural, além disso um único policial que seja já faz falta nos postos pelas ruas, mas ainda assim prossegue o apoio e continuidade da idéia, já que nas unidades-escola um eventual "dano" ao bom andamento do serviço é bem menos complicado, e nas operacionais faz-se um esforço para suprir aquela ausência, diante da importância da missão que está sendo realizada. Ainda que me faltem dados estatísticos apurados, aposto que vem da PM parcela significativa das bolsas de sangue que estejam à disposição, geralmente menos do que o suficiente, em virtude da falta de participação de outras categorias. Algumas vezes os beneficiados são PMs ou parentes e amigos dos mesmos, contudo diversas vezes a caridade é destinada a um anônimo desconhecido. Você que recebeu sangue ou teve parentes nesta situação talvez nem saiba, mas há boas chances de ter vindo das veias de um miliciano estadual.

Sete

Ocorreu tudo conforme o previsto, sem grandes anormalidades. Um dos destaques a serem noticiados como novidade foi a presença de um delegado da Polícia Civil da Bahia, Dr. Arthur Gallas, marchando de terno junto aos oficiais-alunos de diversos estados, todos cursando o CEGESP na APM-BA. Boa oportunidade de representar a intenção de entrosamento que sempre deve haver entre as corporações que labutam na área da segurança pública. Também esteve presente, pela primeira vez, a Guarda Municipal de Salvador, com seu polêmico uniforme, e comportamento mais complexo ainda, tipicamente militar. No geral, o sucesso prevaleceu, dos veteranos da II Guerra aos novos recrutas da PMBA, aplaudidos por um público que lotou toda a área do percurso, ajudado pelo tempo bom que se alastrou durante o dia. Há sempre erros a serem contornados, espera-se que haja lições registradas para correção e aperfeiçoamento, até 2009.

Fotos: 1 -Delegado Arthur Gallas, 2 - Gurda Municipal, 3 - APM (Antônio Fonseca)

Amanhã

O 7 de setembro tem se tornado mais o dia do militar do que comemoração da independência, em virtude de ser o grande dia em que esse segmento peculiar é lembrado pela sociedade, apresentando em desfile o garbo marcial da tropa em marcha. Tem sempre espaço para o enfadonho discurso anti-heróico, renegando versões da história do Brasil, sempre alvo de muitas polêmicas; por isso prego que a data é parâmetro para o desfile cívico, muito mais do que para reviver passagens da história do país. É um dia cansativo para alguns e empolgante para outros, momento de ir com o uniforme mais checado, acordar bem cedo e se preparar para enfrentar sol ou chuva pela avenida, sob aplausos de idosos saudosistas, de crianças inebriadas, e por quê não dizer, de algumas moças assanhadas. É interessante a capacidade de atração exercida na população pela passagem do destacamento, reunindo grande aglomeração não vista em outras datas significativas, e tudo isso geralmente sem uso de bebida alcoólica nem trio elétrico, magnetismo irresistível por aqui. A beleza, ordem e brio transmitida pela passagem da tropa "rachando o solo" nem sempre corresponde ao que se encontra nos outros dias do ano no intramuros, mas é válido reviver toda pompa histórica durante uma manhã, ainda há quem valorize essa tradição, que mesmo com o passar do tempo continua fascinando muitos.

Dançou

O vídeo em que um integrante da PMESP aparece rebolando ao som de "Quem vai querer a minha periquita" tem causado frisson nos quartéis e também no ambiente extramural, através do fenômeno repentino de divulgação em massa que a internet consegue promover. A imagem inicialmente tende a provocar risos em quem as veja, mas em profundidade pode ser analisada como um flagrante de descompostura totalmente incompatível com o que se espera de policiais militares em serviço. Fazendo a intercomunicação entre blogs, vê-se que no Cultcoolfreak a interpretação foi concluída em favor da atitude flagrada, como sendo mera descontração, até mesmo representando exemplar bom humor e alto astral, concepção que respeito porém não concordo. Não bastasse o escândalo inicial, já surgiu novo vídeo com outra coreografia igualmente grotesca, agora um Mambo, prejudicando ainda mais a reputação coletiva dos combatentes. Deve-se dizer que aquele homem não é "a pior pessoa do mundo" por ter agido de tal maneira, contudo reuniu uma série de agravantes morais para seu feito, a destacar o de aparentemente ter sido cometido o erro em serviço, deixar-se ser filmado (sempre presuma o vazamento de qualquer vídeo íntimo, é o mais provável) naquela situação e além disso incorrer mais de uma vez na mesma falha. Se o ato fosse entre as paredes de um alojamento, ou ambiente ainda mais restrito, reservado e principalmente longe dos olhos de estranhos, talvez fosse tolerável, mas o que foi visto deixa mácula indesejável na história e na reputação da classe. É verdade que há policiais bem apresentados, alinhados, sérios e acima de qualquer suspeita que se envolvem em crimes, escândalos, práticas ilícitas, imorais e execráveis, o que de modo algum justifica uma contrapartida como a flagrada na filmagem. Errou, errou feio, apure-se para que seja obtida uma conclusão definitiva sobre se é ou não postura compatível com a de um PM em serviço, do contrário abre-se o perigoso precedente para que outros desinibidos extravasem suas emoções de formas alternativas enquanto envergam uniformes das briosas. A "arte" já tem espaço nos quartéis, aqui na PMBA há um grupo de teatro atuando nessa área, no próprio estado se São Paulo conhece-se o trabalho do Sargento Lago na música, sem provocar grave mal-estar ou escândalo na tropa. O difícil deve ser para o policial sério, dedicado ao serviço, ter que ouvir alguma piadinha nesse sentido proferida por qualquer cidadão que se veja estimulado a assim agir depois de assistir a essas cenas deploráveis.

Ciclo

O tema do dia não poderia ser outro, a abertura das inscrições do 14º ciclo de cursos à distância da SENASP, excelente oportunidade de aperfeiçoamento e qualificação técnico-profissional para quem trabalha na área de segurança pública, sendo ainda mais atrativo aos candidatos à contemplação pelo benefício da bolsa-formação, realidade que já alcança vários policiais civis e militares pelo país, gratificando significativamente sem cobrar quase nada em troca. No Abordagem Policial há um resumo satisfatório e objetivo de como proceder a matrícula, bem como a listagem de cursos, vale a pena participar do projeto que tem crescido com sucesso nos últimos tempos.

Riscos

A profissão policial militar traz consigo riscos mais elevados que muitas outras carreiras cuja remuneração está vinculada à periculosidade detectada no exercício da função. O policial enfrenta o perigo tanto em serviço quanto de folga, inevitavelmente, vide dois recentes casos ocorridos na capital, de ontem para hoje. No primeiro, fora de serviço, o PM Nadson Gilber de Santana Santos, do BPChq, reagiu ao roubo de veículo em que estava sendo vítima, após ser levado dentro do próprio carro por dois meliantes, que tão logo o identificassem como policial, com certeza teriam executado-o. Foi corajoso e decidido em aguardar momento oportuno e não tardio para sacar sua arma e atingir fatalmente um dos criminosos, além de ferir o outro. Chegou a ser alvejado, contudo recebeu socorro e está a salvo. Sabe-se que ele não agiu assim só por vontade, predomina nesse caso a necessidade, já que permanecer quieto seria esperar pelo pior. Em serviço também ocorrem problemas, vide a viatura que tombou hoje na avenida Paralela; a difícil missão de conduzir um veículo policial traz consigo perigo constante e nem sempre a capacitação técnica fornecida, quando há, é suficiente para preparar o motorista. Por essas e outras tantas dificuldades encontradas, era de se esperar uma melhor valorização do ofício de ser PM, tão ultrajado por mal-agradecidos.

Rever

Não há como negar que os indicadores de violência voltaram a crescer nos últimos dias, ao ponto de serem contabilizados 7 homicídios de segunda para terça-feira na capital e Região Metropolitana de Salvador, número bastante alto para dias de semana. Ainda hoje houve agitada perseguição em bairro nobre, tendo sido presos 2 acusados de terem praticado seqüestro, após diversas colisões na fuga em carro roubado, além de tentativa de escape em táxi. O comandante da PM reune-se com o delegado-chefe para traçar novas estratégias de atuação, oxalá haja alguma "carta na manga", uma saída para amenizar a onda crescente que volta a atemorizar.

Revés

Neste último final de semana, o esforço envidado pela PM não foi suficiente para conter os registros de homicídios, que voltaram a alcançar patamares elevados, nos padrões vistos antes da operação Nazireu, trabalho que foi elogiado aqui no blog e continua sendo, pelos resultados incontestáveis que alcançou. Ao tempo em que esta ação era mantida, havia ainda a Operação Cinco Pontos, desencadeada pela Rondesp, também tentando reduzir índices de criminalidade. Nem todo esse aparato reunido foi capaz de frear satisfatoriamente os elevados registros típicos dos finais de semana, o que se deve a fatos como a lentidão da justiça em condenar réus, ou a fragilidade das fronteiras permitindo contrabando de armas de fogo, a insuficiência da fiscalização nos limites entre os estados e nas rodovias em geral, permitindo a continuidade do ciclo de transporte e produção do tráfico de drogas... Enfim, mantem-se a concepção de que o policiamento ostensivo e atuante em viaturas é eficiente, mas não suficiente, devendo obrigatoriamente ser complementado por todo o aparato que em diferente escalas e esferas atua no combate ao crime, visando atingir um patamar de equilíbrio social mais confortável.