quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Gestão militar

Palavras ao vento

Muitas praças, e cada vez mais oficiais, têm se queixado sobre a manutenção da estrutura militarizada na PM. Ainda creio que o modelo seja compatível, dentro dos padrões que o “militarismo científico” se propõe a gerir. Do coronel mais antigo ao soldado mais moderno, todos exercem funções de comando, em maior ou menor proporção, no cumprimento de suas atividades. A obediência cega é algo que há muito já deveria ter sido plenamente banido, a concentração de autoridade, talvez até inconscientemente, por vezes acarreta em soberania deliberada, sensação de plenos poderes, em prejuízo das virtudes da razão.
Todo subordinado precisa de satisfação, de fundamentação, para compreender o que faz e o que com ele está sendo feito. Manuais antigos do Exército Brasileiro sobre liderança militar já deixam claro que nesse modelo de gestão deve sempre prevalecer a democracia em detrimento da autocracia, sem prejuízo à disciplina e hierarquia. Trocando em miúdos, exemplificaria que, se um soldado é transferido de um posto para outro, é bom que saiba quais as razões motivaram tal atitude. Se uma solicitação não foi acatada, um pedido qualquer foi indeferido, o fortalecimento da autoridade se dará pela justificativa relativa à questão. Não é cabível o “É assim e pronto!”, “Vai ser desse jeito porque eu quero!”. Os princípios da administração pública são bem conhecidos, deve-se seguir sempre a linha da moralidade, da finalidade, como meio para tornar transparentes as decisões.

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