quinta-feira, 12 de junho de 2008

Vítima

Reincide a abordagem sobre o quase calamitoso estado em que se encontra o município nos últimos dias diante dos registros de criminalidade inesperados. O foco agora é a possibilidade de que gente das altas classes seja vitimada; a janela de um apartamento foi alvejada por disparo em favela vizinha. Em Salvador há "bolsões de pobreza" espalhados em alguns locais, em meio a moradias de luxo, e o cordão invisível que os separa foi violado por este tiro. Aumenta o medo de ser um alvo em potencial dentro de casa, mas o que dizer dos policiais, que também são vítimas desta conjuntura, estando bem mais expostos ao risco? É neste sentido que o Correio da Bahia impressionou hoje ao apresentar a fragilidade da estrutura da PM, no caso específico, para combater quadrilhas como as que se enfrentaram nesta última chacina, em disputa por pontos de venda de drogas, onde diz-se terem havido mais de 200 disparos no enfrentamento entre os marginais. Há efetivo escasso, poucas viaturas, armamento insuficiente, coletes vencidos, uma série de dificuldades que impossibilitam a realização de um bom trabalho. A salvação reside em alguns semi-heróis que ainda são encontrados em CIPMs e unidades especializadas, arriscando suas vidas em defesa da sociedade, que tanto os critica, mesmo não estando errados. Há poucos meses houve o receio de uma greve que criou tensão na cidade, agora esta onda de criminalidade volta a atemorizar, e a população sente, talvez inconscientemente, que não há a quem recorrer senão às Polícias Civil e Militar, através dos seus segmentos que ainda impõem valor, respeito e ordem, permitindo o andamento do organismo urbano; só não se sabe até quando.

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