quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Passagens

Muitos policiais resistem a autuar cometedores de pequenos delitos, como vias de fato ou uso de drogas, principalmente em eventos especiais, por razões como a eventual lentidão para registrar a ocorrência, a liberação do detido após assinar termo circunstanciado, entre outros fatores que desestimulam prosseguir na ação. Essa conduta equivocada é um dos causadores da existência de criminosos com extensa lista de crimes cometidos mas nenhum registro em delegacias, porque policiais julgaram conveniente liberá-lo. É verdade que nem tudo previsto em lei pode ser seguido à risca, há ocorrências que devem ser resolvidas no local sem maiores complicações, contudo em outros casos faz-se necessário o registro formal do fato, seja para respaldar a ação policial ou fazer constar nos assentamentos daquela pessoa o envolvimento com ato delituoso. O bandido costuma iniciar sua carreira com crimes de menor potencial ofensivo, praticando contravenções diversas, até migrar para grandes golpes, e é nesse caminho que costuma ser flagrado, sem necessariamente ter ficha em delegacia. Hoje 2 homens foram presos após roubo de motocicleta na cidade baixa graças ao empenho ágil e eficiente de policiais militares da 17ªCIPM/Uruguai na Operação Munzuá, e ao serem conduzidos à delegacia, verificou-se de um deles o registro de várias passagens por práticas como porte ilegal de armas, formação de quadrilha, roubo de veículo, ao tempo que o comparsa tinha um histórico de desordem, perturbação da ordem pública, vias de fatos e crimes de pequenos potenciais ofensivos. É um diferencial em desfavor ao acusado, que eleva o trabalho da polícia. A partir de medidas como essas evita-se que, em eventual confronto, quando o meliante vier a tombar, deixe de ser chamado de jovem estudante sem antecedentes, passando a ser usuário de drogas com várias passagens pela polícia, por exemplo.

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