quarta-feira, 11 de junho de 2008

Transcrição

Transcrição sem juízo de valor, o tamanho visivelmente foge aos padrões do blog, mas parece conveniente a divulgação, oriunda de comunidade do orkut. (Imagens incluídas por este blogueiro: 1 Aleatória da internet, 2 Veteranos da PMBA, 3 CAESG-PMBA, 4 PMMG)

"Senhor, umas casas existem, no vosso reino, onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta se deitam, obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como a vida. Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. E quando eles se põem em marcha, à sua esquerda vai a coragem, e à sua direita a disciplina. A gente os conhece por militares..." (trecho da carta de Moniz Barreto, em 1893, ao Rei de Portugal)
Senhores, a citação acima feita, serve para que possamos entender, um pouco, o que ocorreu no quartel da 49 CIPM, onde um oficial está sendo acusado de agredir a uma soldada, uma PFem, como são conhecidas as mulheres policiais militares.Para mim, a suposta agressão da qual foi ela alvo, como estão afirmando integrantes da associação de policiais militares, até prova em contrário, não passou do uso da "força necessária" pelo oficial, para impor o primado do respeito hierárquico e da disciplina, obviamente que previsto em todos regulamentos militares, porque não se pode conceber um militar indisciplinado. O que se precisa, agora, é ter cuidado extremado para que nossa ação açodada e movida pelo foguetório dos membros da referfida associação, não reforce a indisciplina na PM, porque só quem sairia prejudicada seria a sociedade, já que não existe perigo maior para a estabilidade social do que uma força armada, e a PM é força armada estadual, hierarquicamente desestruturada e indisciplinada. Simplesmente teremos um bando armado, ou seja, uma milícia, e aí, todos já sabem o que pode ocorrer pelos exemplos vindos de outros Estados.
Mas me preocupa, também, saber que seguimentos outros do Ministério Público, sem atribuição junto a Justiça Militar, comprometeram-se junto aos membros da falada associação, e em frente a Câmaras de TV, a "processar o oficial agressor" (sic), sem atentarem que a hipótese em questão é de "crime militar puro", seja o imputado ao oficial (violência contra inferior), se houve a agressão de forma gratuita, ou o praticado pela PFem (desrespeito a superior), da competência, portanto, da Justiça Militar, cujas atribuições ministeriais para adotar as medidas que o direito indicar, é dos promotores de Justiça que junto a ela oficiam, o "dominus litis exclusivo na ação penal militar" neste Estado.Quanto ao suposto delito praticado pela PFem, sendo crime de mera conduta, se configurado estiver pelas testemunhas ouvidas no flagrante a que foi ela submetida, obviamente que a denúncia se faz obrigatória, considerando que o MP não tem disponilidade da ação penal militar, e ela deve ser feita até para não se criar precedentes perigosos que atingirão seriamente a própria instituição. Lamentavelmente, sejam mulheres, sejam homens, muitos policiais militares assentam praça mas não vestem a farda. Simplesmente escolheram a PM como forma de sobrevivência, e não por vocação de uma carreira cheia de cobranças e obrigações, e a PM sem o respeito hierárquico e sem a disciplina, como já alertei, não passará de um "bando armado", e a sociedade, já tão abalada e preocupada com os índices de violência que a atinge em todos os sentidos, ver-se-á desprotegida, já que os homens que ela paga para defendê-la e preservá-la, por falta-lhes sujeição às regras institucionais, simplesmente trabalharão quando lhes der na telha, e ai daquele oficial que lhes cobrar assiduidade e pontualidade: não só sofrerão desacatos e desrespeitos, como ainda terão contra ele uma associação disposta a tudo para defender indisciplinados. Não devemos incentivá-los, portanto, sob pena de num futuro não muito distante, sermos apontados como co-responsáveis pela desagregação da instituição Policial Militar neste Estado. Tomemos o exemplo de Minas Gerais, que tem a PM mais disciplinada do País em razão da atuação severa e séria da sua Justiça Militar em defesa da instituição. Como diz o cancioneiro, "façamos como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar..."

Dr. Luiz Augusto, promotor da Auditoria Militar do estado da Bahia.

12 comentários:

Pracinha disse...

Realmente, a PM de Minas é a melhor do país. A turma aqui é boa mesmo! O pessoal do batalhão onde sirvo então, nem se fala.
Os melhores policiais do brasil estão na minha Unidade!
E somos disciplinados, mesmo com a substituição do RDPM pelo Código de Ética há mais de cinco anos.
Eu diria que a disciplina aqui é consciente.
E, além de tudo, a APM daqui está formando aspirantes com outra mentalidade.
Os oficiais novos daqui, inclusive alguns colegas da minha turma de soldado, estão botando pra quebrar.

Pracinha disse...

Talvez eu seja um daqueles formandos da foto nº 4.

Anônimo disse...

Futuro oficial...sem nenhum respeito ao praça, se o crime não tiver apuração pela Justiça Comum sabemos que pela Justiça Militar não dará em nada, temos q ter união indepedente da carreira (Praças e Oficias), mandar é muito fácil, vc será mais um itransigente, cuidado com o que ensinam na APM, o mundo aqui fora é diferente. E não se engane não, sou Oficial tbm e falo isso por experiência própria.

"O crime se organizando e a PM se autoflagelando."

Anônimo disse...

O medo de vocês é latente! Diferente dos outros orgãos de polícia não militar do nosso país, onde não se precisa comandar pela força com mão de ferro. Não é só a PM que é uma força armada...

Boa sorte a companheira! Os covardes terão o que merecem, se não pela lei dos homens, pela lei de Deus.

Anônimo disse...

Pracinha, viva a PM de Minas, aqui no Rio nós não somos molestadas por covardes, mas os meninos sofrem horrores!

Anônimo disse...

Todo esse rebuliço se deve a um fato bem simples: Se tratava de uma mulher! Não tecerei comentários acerca do assunto polêmico "Mulheres Militares", até porque enxergo um pouco mais além e esse não é o foco. Mas quanto à voz de prisão e à atuação do Oficial, tenho algumas dúvidas... O comentário acima fala em "covardes", e só posso entender que isso se deve ao fato de o ocorrido ter envolvido uma mulher. Alguém, por favor, poderia me "ensinar" como prender uma mulher? Ou será que em alguma legislação (a qual ainda não estudei), está explicitado que o uso da força necessária para vencer a resistência, não pode ser aplicada a indivíduos do sexo feminino? Se fosse um SOLDADO, a polêmica não teria se instalado de tal maneira, mas creio que se fosse UMA civil, teria sido o mesmo estardalhaço.
Realmente fiquei com essa dúvida...
Acho que quando for prender uma mulher, deverei pedir "pelo amor de Deus", para que ela entre na viatura!

Anônimo disse...

A propósito, pracinha, se você não tem a atitude de colocar a sua "cara", e assumir as suas palavras, seja por falta de coragem ou por qualquer outro motivo, também não precisa ficar pagando mistério, que ninguém aqui tá "extremamente" interessado nisso. Apenas gostamos (eu, o Victor, o Emmanoel, o Danillo, etc) de discutir "olhando nos olhos" dos nossos interlocutores.
Se não quiser fazer o mesmo, também não precisa fingir que tá brincando de "gato e rato" que ninguém aqui é criança.
Saudações,

Anônimo disse...

Essa monica deve ter sido comida e depois largada por algum oficial...va ser recalcada assim...

Pracinha disse...

Sr. Divaldino, obrigado pelo polido comentário a meu respeito. Pode ficar sossegado que vou sumir dos blogs de Suas Excelências; percebo que já estou sendo inconveniente.

Anônimo disse...

A de Minas é a mais disciplinad?!não foi de lá que começou as greves das "briosas".
Eu só queria saber quando alguém de bom senso irá unificar as polícias e acabar com o monopólio da segurança pública ???

Anônimo disse...

Os estrelas ficam botando banca, mas se colocar os plays para ficarem subordinados ao EB a maioria pede pra sair! São um bando de frouxo!!!

Anônimo disse...

Ao oficial da 11:33h

A culpa da sua falta de educação e caráter é genética ou foi incutida em sua mente na APM?

Carinhosamente, Mônica.

 
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