Quantas vezes a Polícia Rodoviária Federal, Militar ou agentes de trânsito lhe pararam para verificar seus documentos preventivamente? Pelo menos por aqui a maioria dos viventes responde com um sincero nunca. Tem gente que, não fosse pela auto-disciplina, poderia estar conduzindo veículo sem habilitação e sem documentação há anos, para não dizer décadas, sem que até hoje fosse fiscalizado. Não creio que haja consulta "disfarçada", alguém checando possível atraso em relação a documentação do carro por meios eletrônicos, sem a tradicional parada. Talvez por isso certas modalidades criminosas cresçam tanto, já que muitos pregam a necessidade de uma fundada suspeita tão fundada que já parece confirmada: só um carro com homens mascarados e de armas em punho seria motivo para tal; o casal, a mulher, o idoso, quase ninguém aceita ser fiscalizado, sai sempre com uma reclamação, como se tivessem perdido precioso tempo de vida ou passado pela submissão mais aviltante. Algumas blitzes só abordam ônibus e motocicletas, raramente carros, e se forem táxis então, menos ainda. Há então terreno fértil para o transporte de drogas e armas por este meio, seja por inércia desidiosa de policiais e agentes de trânsito, ou juntamente pela mesquinhez de quem prega esta verificação como constrangimento repugnante, como violação à liberdade, quase um crime hediondo, baseado no aproveitamento libertino de certas garantias constitucionais. Depois queixam-se dos maus resultados na repressão à criminalidade: ontem em mais uma chacina um bando matou a tiros 4 pessoas e feriu mais 3 no Bairro da Paz, eram cerca de 10 divididos em 3 carros. O "bonde", como chamam no Rio de Janeiro, certamente transitava tranquilo antes do crime, ciente da quase inexistente possibilidade de ser parado por alguma autoridade.
domingo, 20 de julho de 2008
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2 comentários:
Realmente, tanto a inércia policial como a presunção de muitos do povo impedem que seja executado um programa de abordagens com maior rigor e melhores resultados.
É inegável que muitos se aproveitam de maneira perversa da certas garantias previstas na constituição, continuando uma tradição constitucional deplorável, onde tanto a sociedade quanto o Estado não são instrumentalizados para atuarem de maneira a alcançar um melhor de nível de qualidade de vida e consciência política.
Só este ano 2008 fui abordado umas 20 vezes,olha que estamos em julho. Em 2007 perdi as contas.Talvez pelo fato de andar de moto e haver um alto índice de assaltos com motocicletas. Não me incomodo pq quem não deve não teme!Sei como proceder nas abordagens e é só seguir as orientações.Só em uma noite fui abordado 4 vezes!! O ruim é levar aquela chamada no s...co só uma vez usaram detector de metais, tem uns policiais que abusam. Já de carro nunca fui parado!
Abraço!
RBN
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