Rondas ostensivas, blitzes preventivas, ação de presença. São diversas as formas da Polícia Militar atuar no intuito de inibir práticas delitivas; contudo há crimes que parecem inevitáveis, não há como prevenir, só como remediar. Alguém imagina como a PM poderia ter evitado a morte da menina Isabella Nardoni? Creio que não há como, nem mesmo para a Polícia Civil. Ontem em Unaí-MG acusa-se que um homem sem envolvimento com drogas ou crimes, acima de suspeita, matou o pai, a mãe e as duas irmãs a golpes de canivete e marreta, dentro de casa, supostamente em virtude de discussão provocada pelo esquecimento de uma lâmpada acesa. A PM age sobre o seio do lar, patrulhando domicílios? Sabe-se que não, apesar de que estes números engrossarão as estatísticas de homicídios, e certamente as autoridades e a imprensa vêem com facilidade a saída de responsabilizar a polícia pelos fatos. Nos dois exemplos, penso que foi feito tudo possível para remediar a ação: se vítimas fossem encontradas com vida, seriam socorridas, os acusados foram presos, a perícia faz sua parte, há investigação sobre o passado do acusado; no mais, não haveria verdadeiramente como evitar. Isto é algo que precisa ser pensado todas as vezes que se falar de crimes contra a vida, já que alguns ocorrem dentro de casa, motivados por questões passionais, crises familiares, nas quais é remota a possibilidade de intervenção, salvo pelo acionamento através de testemunha e interferência a tempo na ação, porque quanto às causas e motivações, não há o que fazer, apesar de futuramente os números não levarem em consideração estas peculiaridades e responsabilizarem a polícia irrefletidamente.
domingo, 13 de julho de 2008
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