Na região do Dique do Tororó uma guarnição da PM interceptou roubo em andamento, praticado por um casal, cujo homem reagiu à ação repressora fazendo reféns uma senhora e uma criança, vindo a atentar contra a vida dos milicianos, mas na disputa prevaleceu a técnica e precisão do combatente, cujo disparo preciso atingiu o meliante, que teve o devido socorro prestado e veio a falecer, tendo sido presa sua comparsa. Ao que tudo indica, é elogiosa a atuação dos policiais envolvidos, preservando a vida dos cidadãos de bem e fazendo cumprir a lei. (Aratu, Itapoan, iBahia, A Tarde e Correio)
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Primeiro
Como já era esperado, lamenta-se a primeira morte de guarda municipal em Salvador, ainda não suficientemente elucidada para que se constate a motivação que deu causa ao homicídio, mas o fato é que o GM Ed Carlos Santos foi executado por disparos de arma de fogo na noite de ontem em sua casa em Vista Alegre. A Polícia Civil já diligencia investigações no intuito de esclarecer o ocorrido. (Aratu, Itapoan, iBahia e A Tarde)
Seqüência
Mais uma morte de policial militar é registrada na pesarosa seqüência de perdas; a vítima foi o PM Sérgio Rosa Ferreira, da 37ªCIPM/Liberdade, executado fora de serviço por vários tiros em pleno gozo de férias, em um bar na periferia do município de Capim Grosso na noite de ontem por bandidos que ocupavam uma motocicleta, segundo informa o noticiário. (iBahia, A Tarde, Itapoan e Aratu)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Local
Outro curso interessante entre os disponíveis à distância pela SENASP é o de Isolamento e Preservação do Local de Crime, cuja abrangência de interesse engloba peritos, policiais civis, militares, guardas municipais e todos os agentes da segurança pública que se deparam com ambientes onde houve um delito que deixa marcas no seu dia-a-dia. Ensina de forma clara e objetiva os conceitos e termos envolvidos no assunto, além do passo-a-passo explicando como agir ao chegar no local onde ocorreu um crime, mantendo as condições ideais até a chegada dos peritos, profissionais cujo trabalho é imprescindível para o desdobramento dos trâmites legais no âmbito jurídico, consolidando com provas científicas testemunhos e versões sobre os fatos, visando a elucidação da verdade. É tendo conhecimento nessa área que se combate, por exemplo, o jargão de que "a polícia prende e a justiça solta"; às vezes a falta de provas decorrente de uma perícia não realizada satisfatoriamente é a causa da liberação do criminoso; a justiça precisa de provas robustas para mantê-lo preso e posteriormente condená-lo, fazendo pagar pelos seus erros.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Passagens
Muitos policiais resistem a autuar cometedores de pequenos delitos, como vias de fato ou uso de drogas, principalmente em eventos especiais, por razões como a eventual lentidão para registrar a ocorrência, a liberação do detido após assinar termo circunstanciado, entre outros fatores que desestimulam prosseguir na ação. Essa conduta equivocada é um dos causadores da existência de criminosos com extensa lista de crimes cometidos mas nenhum registro em delegacias, porque policiais julgaram conveniente liberá-lo. É verdade que nem tudo previsto em lei pode ser seguido à risca, há ocorrências que devem ser resolvidas no local sem maiores complicações, contudo em outros casos faz-se necessário o registro formal do fato, seja para respaldar a ação policial ou fazer constar nos assentamentos daquela pessoa o envolvimento com ato delituoso. O bandido costuma iniciar sua carreira com crimes de menor potencial ofensivo, praticando contravenções diversas, até migrar para grandes golpes, e é nesse caminho que costuma ser flagrado, sem necessariamente ter ficha em delegacia. Hoje 2 homens foram presos após roubo de motocicleta na cidade baixa graças ao empenho ágil e eficiente de policiais militares da 17ªCIPM/Uruguai na Operação Munzuá, e ao serem conduzidos à delegacia, verificou-se de um deles o registro de várias passagens por práticas como porte ilegal de armas, formação de quadrilha, roubo de veículo, ao tempo que o comparsa tinha um histórico de desordem, perturbação da ordem pública, vias de fatos e crimes de pequenos potenciais ofensivos. É um diferencial em desfavor ao acusado, que eleva o trabalho da polícia. A partir de medidas como essas evita-se que, em eventual confronto, quando o meliante vier a tombar, deixe de ser chamado de jovem estudante sem antecedentes, passando a ser usuário de drogas com várias passagens pela polícia, por exemplo.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Comunitária
Interessante o conteúdo apresentado pelo curso de Polícia Comunitária ministrado à distância pela SENASP. O material esclarece uma série de questões sobre essa filosofia de trabalho, desmistificando certos rótulos e ao mesmo tempo expondo fraquezas da proposta. Um erro notável é a tentativa de copiar um modelo de policiamento que deu certo nos Estados Unidos, em uma realidade extremamente diferente da brasileira, que entre distintos estados encontra peculiaridades diversas. Indo mais adiante, pode-se dizer que diferentes zonas e bairros podem ser altamente contrastantes, e até mesmo no interior de um único bairro chegam a existir diferenças significativas na comunidade, que permitem ou não a colocação em prática das idéias apresentadas. Onde o estado não está presente e a violência é elevada, como em subúrbios e periferias, é bem complicada aplicação da doutrina, ao tempo em que nos bairros mais tranqüilos e menos violentos, como o centro e áreas nobres, a existência de uma real "comunidade" é bastante questionável, também contribuindo para dificultar a aplicação dessa filosofia moderna. Contudo, há valores interessantes demonstrados, dando embasamento para melhor entender e questionar o pregado nesta vertente que se espalha pelo país.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Reviravolta
Essa é para aqueles que acham a profissão policial algo fácil ou tranquilo, já que os combatentes não devem se surpreender com a notícia de que Driele, a refém do caso em Pau da Lima na semana passada agora diz que não houve crime algum, era um simples desentendimento de casal, a polícia é quem provocou confusão. O sujeito, Genivaldo, não teria ameaçado a mulher grávida, somente trancou a casa para que ela não o abandonasse, e quando foi abrir de novo, teria se deparado com os policiais, então ambos ficaram assustados, nervosos, um protegendo o outro, os dois com medo de serem mortos, até que resolveram sair na madrugada. A vítima, que não quer mais ser vítima, pede que o acusado, que não é mais para ser acusado, seja solto. É assim em milhares de casos Brasil afora, a lei Maria da Penha não foi em vão, e talvez nunca vá mudar a repetição da história. Então a culpa foi das dezenas de viaturas e policiais que cercaram o imóvel, também da imprensa que fez cobertura constante em rede nacional. Ainda bem que na Bahia não segue-se a tal "doutrina da SWAT" onde a negociação não passa de 9 horas como se disse na TV, do contrário o resultado do caso seria mais indesejável ainda. Eloá apanhou do namorado, deixou de registrar queixa, foi morta por ele. Driele foi encarcerada, quer retirar o namorado da prisão, vai ser feliz para sempre. Faça-me uma garapa.
Fardas
Um caminhão com mil uniformes da PMBA foi roubado no Paraná, mas felizmente o material foi recuperado, houve fuga dos bandidos, que abandonaram a carga já apreendida. Para quem se pergunta o que tantas fardas baianas faziam em estado tão distante, jornais apontam que o veículo roubado era de uma empresa que fabrica peças da corporação naquele estado. Esporadicamente há registro de crimes cometidos por meliantes que se passam por policiais, seja através de lábia, falsa documentação ou até uso indevido de uniformes. No caso da PM, quem dera houvesse um tempo em que fosse possível identificar o policial de relance, à distância, não tanto pela farda, mas pela postura ostensiva alerta, pelo procedimento padrão em certas ocasiões, demonstrando o diferencial daquele profissional.
Up: Atualização em A Tarde.
domingo, 26 de outubro de 2008
Europa
Concluída a leitura do livro Polícia e Sociedades na Europa, número 3 da série Polícia e Sociedade, fica mantida a impressão deixada pelas outras 2 obras anteriores já avaliadas da coleção. São materiais de valor, que sempre trazem novos conceitos importantes, bem como ampliam o horizonte de observação para análise do trabalho policial em diferentes locais pelo mundo; contudo cabe ao leitor ter discernimento e maturidade suficiente para avaliar se há como estabelecer paralelos com a realidade atual brasileira. A obra se ampara predominantemente em dados da década de 80 nos países europeus, algo bem distante do que se encontra em 2008 no Brasil, por exemplo. Ainda assim, há muito o que se aproveitar, basta não seguir à risca o que é pregado. Há análises sobre diversas facetas da polícia, passagens como as que definem o verdadeiro trabalho policial são cruciais para elevar a estima e motivar o guardião da lei, que muitas vezes desconhece a preciosidade e complexidade da sua função, talvez em virtude da necessita de sobrevivência no dia-a-dia, que coloca em segundo plano momentos de reflexão assim.
sábado, 25 de outubro de 2008
Bem
Acabou bem o caso em Pau da Lima, durante a madrugada houve a rendição e liberação da refém mediante negociação que segundo os jornais foi mantida pelo Cap PM Cledson, do BPChq. Que nenhum tolo ouse propor qualquer competitividade infrutífera com a situação de Santo André, com idéias do tipo "Viu, aqui na Bahia é diferente", afinal é prova cabal de ignorância em vã rivalidade. Penso que não há sequer o que comemorar, afinal essa é a praxe na grande maioria dos casos, seja em SP ou na Bahia, a PM costuma cometer muito mais acertos do que se imagina, são os jornais que alardeiam falhas pontuais, tentando desconstruir o bom trabalho cotidiano. Aliás, dá para se imaginar como alguns maus jornalistas devem ter ficado àvidos como abutres à espera de uma tragédia para terem do que falar. Também a população, que muito atrapalhou os trabalhos, aglomerando-se em elevado volume nas ruas, com agitação e gritaria carnavalesca a cada entrada ao vivo na televisão, demonstrando desprezo à periclitância do caso, e mais ainda infantilidade e incivismo no convívio social. Mas está aí o fruto do trabalho das polícias baianas, mais um acerto para a galeria de sucessos.
Insulso
O Diário Oficial do Estado traz hoje a informação de que a PMBA é destaque em relação à presença feminina, que corresponde a 14% do efetivo, maior proporção registrada no Brasil, que presume-se aumentar ano após ano. Esse mero dado não permite dizer se é orgulho ou vergonha, se é bom ou ruim contar com esse número, afinal pouco importa se 1, 14 ou 100% da tropa é feminina, e sim a disposição para o serviço, o interesse pela capacitação, a manutenção de boa forma, o alcance de resultados no desempenho das atividades. O que realmente importa é a responsabilidade e o compromisso, independente de gênero ou até preferência sexual.
Cinema
Última parada - 174 já está nas telas dos cinemas baianos; é um bom filme, que não deve alcançar tanto sucesso quanto Cidade de Deus e Tropa de Elite, mas vale a pena assistir, sendo recomendado um conhecimento anterior sobre o caso a que se refere o título, preferencialmente através do documentário Ônibus 174, de excelente qualidade, bastante completo. A obra que está em cartaz cria a história o protagonista do referido crime, apresentando a conjunção de fatos que culminou naquele desfecho, completando de modo alternativo e ilustrado a saga narrada no documentário. É lançado em momento crucial, logo após o fatídico ocorrido em Santo André, espera-se que o espectador perceba que a falha policial ocorrida na ação é um pedaço do conjunto de erros contínuos e constantes da política estatal, ausente em diversos setores, dando margem para o surgimento de criminosos em potencial a cada momento.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Baiano
Surge agora o "Lindemberg baiano", uma quase-repetição do crime ocorrido em Santo André é constatada hoje no bairro de Pau da Lima, em Salvador, onde Genivaldo Pereira dos Santos, 20 anos, mantém refém sua namorada Driele Pitanga Santos, de 18 anos, grávida de 8 meses, que teria tentado encerrar o relacionamento conturbado, com registro de diversos conflitos anteriores, conforme testemunhos aos jornalistas. A polícia já está no local, negociações estão sendo efetuadas na presença de familiares, torce-se para que os profissionais sejam capazes de contornar a crise debelada por um indivíduo em descontrole emocional periclitante. (Itapoan, Aratu, iBahia, Correio e A Tarde)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Apreensões
Um dos momentos mais gratificantes na rotina policial é o de efetuar uma grande prisão ou apreensão, rende uma recompensa moral que faz valer o sacrifício. De certo ponto de vista não é algo para ser tão comemorado, já que representa falha da etapa preventiva: permitiu-se que a arma chegasse, a droga fosse produzida, o crime ocorresse; mas a interceptação repressiva não deixa de ser uma face nobre e valorosa. Hoje a PM conseguiu prender 15 pessoas (10 segundo a Itapoan) com drogas e armas no Candeal, acusadas de crimes, e junto com elas estava grande quantidade de munição, uma submetralhadora, cocaína, pedras de crack e maconha. Outra boa apreensão foi da Polícia Civil da Bahia, que contou com o auxílio do faro da cadela Fani, responsável por encontrar mais de 20kg de pasta-base de cocaína na carroceria de uma caminhonete, material que, após ser refinado, renderia mais de 100kg de pó, produto avaliado em mais de 2,5 milhões de reais. Parabéns aos homens e animais que labutam contra o crime no território baiano, esse é o caminho.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Turno
Na Bahia só há 2º turno na capital do estado, onde estarão envolvidos na operação 5592 policiais militares (1, 2 e 3), número aproximadamente 4x menor que o contabilizado no 1º turno onde foram cobertas centenas de cidades por todo o interior. É um grande efetivo que integra tropas especializadas, ordinárias e em formação, tendo alunos do curso de soldado e do curso de oficiais envolvidos, estes últimos participando decisivamente na escolta de urnas antes e depois do pleito eleitoral, além do policiamento ostensivo em vários bairros. É um número elevado que demanda uma manobra logística bastante complexa, onde tenta-se contornar carências da corporação em matéria de armas, munições, coletes, viaturas e equipamentos diversos, para o fim de prestar um bom serviço à sociedade, dando tranquilidade no domingo das eleições com bastante sacrifício aos envolvidos no trabalho.
Armado
Na noite de ontem foi baleado na cabeça durante roubo em ônibus da linha Salvador-Alagoinhas o policial Marcos Antônio Sales , do 12ºBPM/Camaçari, vítima de disparo por ter sido identificado como integrante da corporação. Foi socorrido no Hospital Agenor Paiva segundo os jornais (1, 2, 3, 4 e 5), que não detalham se o mesmo teve a oportunidade de reagir, se estava armado no momento, de qualquer sorte essa é a tônica da postagem, a necessidade do policial ter sua própria arma para garantir proteção quando fora de serviço ou até mesmo durante este, já que uma eventual carência da corporação já seria parcialmente coberta pelo uso da própria arma, devidamente registrada, quando em serviço, acessório que passaria a ser incorporado como continuidade do corpo do policial, conforme pretende a técnica. É oportuno ressaltar este ponto, a importância de desenvolver "intimidade" com o equipamento, para evitar os casos de disparo acidental, como diz-se ter ocorrido em uma companhia da PMMG em Juiz de Fora, quando uma guarnição fazia carga de uma submetralhadora para o serviço e foi surpreendida pelos tiros indesejados; um PM acabou sendo morto e outro gravemente ferido com tiro na cabeça dentre os disparos efetuados, fato que às vezes também ocorre em delegacias, na Força Nacional ou quartéis das Forças Armadas. Ao tempo em que se cobra das autoridades o provimento de melhor qualificação, é preciso estimular também o profissional para que, sacrificando pouco tempo dos seus intervalos ou folgas, possa desenvolver mais habilidade com seu instrumento de trabalho, evitando acidentes que podem ser fatais.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Cantigas
Cantigas militares estão presentes nas polícias como herança das forças armadas, e já não me surpreenderia ver isso repetido em formação de policiais civis, por exemplo, apesar de nunca ter ouvido relatos nesse sentido; mais fácil esperar da nossa Guarda Municipal, por exemplo. São canções tradicionais, históricas, algumas adaptadas ou recentes, que geralmente elevam o moral da tropa, motivando os combatentes diante de dificuldades, desgaste físico. São também instrumento de persuasão, uma tropa de choque com brados e gritos técnicos certamente vê seu potencial maximizado empregando esse recurso. Às vezes falam de amenidades, situações cômicas, de brincadeira a um colega, elogio às mulheres ou tantas outras passagens da vida castrense. Um problema em meio a essa situação é a mera repetição defeituosa do que ocorre no Exército Brasileiro principalmente, trazendo os ex-combatentes das tropas federais cantigas típicas das 3 forças que não se coadunam com atividade policial, tratando de segmentos, uniformes, atividades, cursos e equipamentos específicos daqueles, sem relação visível com a PM que temos hoje. É preciso estimular a criação de uma identidade policial militar, e essa é uma das maneiras de valorizar tal característica, dando à corporação uma faceta vibrante que seja essencialmente sua, autêntica. Com alguma criatividade dá para compor algo em prol dessa vertente, não custa muito a quem vê beleza e utilidade em manter a tradição.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Insensatez
A bazófia em torno do caso em Santo André não tem mais fim, só se fala disso, e o pior, das formas mais deploráveis possíveis. A imprensa manteve-se em incessante perseguição a modos de auferir mais audiência e consequentemente angariar mais lucro, mentalidade irresponsável que muito interferiu na possibilidade de uma conclusão mais exitosa do caso, a exemplo do que fez Sônia Abrão, entrevistando o criminoso em seu programa por telefone, impedindo assim que a polícia mantivesse a negociação, e dando corda, combustível para a mente do bandido. Após o fato, os programas e jornais abrem espaço para incontáveis especialistas que às vezes jamais estiveram à frente de uma negociação real ou sequer foram policiais um dia. É triste e cômico ver os mirabolantes planos hollywoodianos de entrada tática, só faltou teletransporte nas simulações apresentadas por quem dificilmente teria capacidade autorizar experimentos perigosos enquanto a ação se desenrolava, mas depois do desfecho quer dar seu pitaco crítico. Parte da população também faz vergonha, lotando o velório da vítima para regozijar-se sacando o celular e tirando fotos do corpo no caixão, tremenda imoralidade, e seguem ao lado da já citada imprensa descompromissada. Ambos desconhecem, por opção ou ignorância, que muitas vezes a polícia também é vítima em diversos casos. Se tomassem conhecimento das carências, falta de equipamentos, armas, material, precariedade de estruturas e inexistência de instruções, possivelmente se colocariam ao lado dos combatentes em busca de melhores condições para execução do serviço. Mas preferem dominar-se pela emotividade e divagar sem lucidez sobre o que desconhecem.
domingo, 19 de outubro de 2008
Macete
Capa de A Tarde neste domingo, o desvio de função de PMs, conhecido internamente como uma das vertentes do "macete", é realmente um desafio para a solução da carência de efetivo. Como a reportagem bem explicita, há diversos órgãos e funções não-policiais onde estão lotados homens e principalmente mulheres que foram formados para execução do policiamento ostensivo, do combate ao crime nas ruas. O agravante é que, além de desfrutarem de conforto e prestígio diferenciado, sem exposição aos riscos, os profissionais lotados nessas áreas gozam de gratificações e remuneração especial, recebendo bem mais do que os combatentes que labutam sob sol e chuva, dia e noite, nos becos e vielas, trocando tiros, na correria. Fique bem claro que há necessariamente seções administrativas na corporação, igualmente existe assessoria indispensável em alguns órgãos. Também não é a pior pessoa do mundo aquele que aceita vaga nesses ambientes, ou mais ainda os apadrinhados políticos que conseguem transferência para as tão sonhadas secretarias, tribunais, repartições públicas; o desejo por um local de trabalho menos stressante, mais seguro, prestigiado e tranquilo é natural à maioria, contudo é preciso que haja limitação legal para a lotação de efetivo nessas unidades, senão fica difícil para o policial que está nas ruas aceitar todas as dificuldades que o serviço operacional impõe, sabendo que há alguém com a mesma formação que ele recebendo salário muito maior e exercendo função que qualquer outro profissional seria capaz. É esse, inclusive, o xis da questão, já que em um módulo ou viatura, somente um PM pode estar, enquanto em telefonia, barbearia, biblioteca, pátio de escola ou portaria, outras pessoas podem ocupar a função satisfatoriamente. O comando geral está atento, bucando moralizar a situação. A farra do luxo deve ser revista, adequando-se ao estritamente necessário, em prol da segurança da sociedade, sem que alguém esteja sendo pago para vagar por corredores.
Saneamento
A Secretaria de Segurança Pública volta a desencadear a Operação Saneamento, 1 mês depois da primeira atuação. O grandioso efetivo de 675 policiais civis e militares, em 85 viaturas, conseguiu efetuar a prisão de 22 procurados, cumprindo mandados de prisão. Policiais de diferentes unidades operacionais foram empregados, em coalizão forte para o combate a criminalidade em bairros do subúrbio, da manhã de sábado até segunda-feira. É uma das faces do combate ao tráfico de drogas, grande catalisador da criminalidade.
sábado, 18 de outubro de 2008
Novo Concurso Soldado PMBA
Boas novas, o Diário Oficial do Estado traz hoje o edital de abertura das inscrições Curso de Formação de Soldado da Polícia Militar com novas 3200 vagas, sendo 2800 para policial militar e 400 para bombeiro militar. O edital traz diversas informações sobre as provas, conteúdo, exigências, destacando-se o período de inscrição, previsto para iniciar-se no dia 1º de dezembro do presente ano, no valor de R$ 59. Durante a formação, o aluno deve receber bolsa de estudo de R$ 415 e após a formatura, para quem trabalha 40 horas semanais, a remuneração somando soldo e GAP é prevista como R$ 1.549,78. Bastante providencial este anúncio de novas vagas, a PM necessita de mais esse reforço urgentemente, tomara que as etapas do concurso tenham andamento mais célere e menos polêmico que o último realizado. Aos candidatos, bons estudos, preparem-se.
Superpoliciado
PM é o que não deve faltar no Bahia x Corinthians hoje, no estádio Jóia da Princesa, cidade de Feira de Santana. A ser transmitido em rede nacional, o jogo teve efetivo policial superestimado, sendo previsto o emprego de 800 homens para um público de 16000 torcedores, o que dá a proporção de 1 policial para cada 20 pessoas, em visível desproporção às demais partidas. Apesar do aparente excesso, nunca se deve subestimar a possibilidade de haver conflito em praça desportiva, vide diversos casos anteriores de tumultos em que a polícia não foi capaz de conter satisfatoriamente a agitação em virtude do pequeno número de patrulhas disponíveis. Logo, é melhor sobrar do que faltar, sem sombra de dúvidas; o jogo tido como clássico deve transcorrer sem maiores alterações, é o que se espera diante do planejamento realizado, com emprego de diferentes tropas, sejam em formação, ordinárias ou especializadas, tudo em sincronia para garantir o sucesso do evento.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Beneficiados
A mais recente relação de contemplados pelo Bolsa Formação já está disponível, é possível que boa parte dos candidatos a receberem o benefício já tenham alcançado o objetivo, mas sempre resta alguém interessado em consultar a listagem, afinal a lista cresce bastante a cada nova divulgação. Apesar de ter intenções suspeitas, critérios controversos e ser menos positivo que um aumento real, vida longa ao benefício social que tem aliviado o orçamento de muitos combatentes cuja remuneração está aquém de suas necessidades e merecimento.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Apocalipse
O prelúdio do caos acontece hoje em São Paulo, dispensa links para outras páginas já que é uma unanimidade, não se fala em outra coisa na TV, rádio ou internet. Diante das cenas que todos devem ter visto, é certo perceber que alguma coisa está fora da ordem, e muito. Ao tempo em que um seqüestro é coberto ininterruptamente há dias sem resolução, que o crime se aproveita da ineficiência das autoridades para fazer o que bem entender, policiais civis em greve digladiam-se com policiais militares. Não vou emitir qualquer juízo de valor tendencioso a um dos lados, a conjuntura toda é de erro. Foram danos ao patrimônio público, à integridade dos servidores, tudo provocado por eles mesmos, pelos semelhantes. Diz-se que houve ingerência política, com alheios infiltrados incitando a consumação de uma violência que flagrantemente ocorreu, com danos às viaturas e aos policiais, gastos elevados com os recursos empregados, e o resultado deve ser o enfraquecimento das corporações, que só é vantagem para o governo, que passa a ter corpos dóceis à disposição, fragmentados e desunidos. Amanhã um vai continuar precisando do outro, o preso em flagrante vai ser autuado na delegacia, as operações ou revistas em celas necessitarão de apoio da PM, mas como ficará o clima entre estes profissionais, que hoje trocaram socos, tiros, agressões diversas? Pobres daqueles que renderam-se às emoções insanas, atacando pessoas, sem ver que por trás das fardas e distintivos esteve presente uma grande catástrofe politiqueira. Oxalá essa praga ruim não chegue à Bahia, hoje os policiais desta terra de todos os santos uniram-se em estado de mobilização permanente, buscando proteção diante das mortes constatadas, querendo melhorias, pleiteando condições ideais de trabalho, como tem que ser. Este blog condena a discórdia consumada hoje em São Paulo, mesmo sem pleno conhecimento de quem pode estar certo ou errado por trás de tudo aquilo.
Barafunda
Grande desserviço faz a imprensa toda vez que vincula autos de resistência a execuções sem qualquer critério, feito deplorável registrado desde livros do Caco Barcellos quanto jornais impressos e televisionados, a exemplo da reportagem de A Tarde hoje. No livro, dizia-se que a ROTA era "matadora", sem considerar que uma tropa de reação inevitavelmente vai enfrentar muito mais trocas de tiros do que efetivos ordinários, e graças ao seu preparo, qualificação, seriedade e competência, tende a levar vantagem por ser profissional. Também é assim por aqui com a RONDESP e a ROTAMO, por exemplo, em virtude de existirem imprudentes que acusam levianamente os combatentes como matadores, sem valorizar o empenho e bravura daquela tropa, às vezes a única a "chegar junto" em certas localidades onde o poder público não se estabelece, encontrando bandidos fortemente armados, que desafiam o poder e ameaçam a vida dos policiais. Poderiam deixar de atuar, fazer "figurança pública", só em ações aparentes e nada efetivas; mas não, continuam na labuta diária, correndo riscos em defesa dos bons. Parabéns a quem combate o crime com força e coragem, dentro da legalidade.
Infundado
Mal foi citada uma postagem criticável anteontem, hoje novamente o blog À queima roupa posta algo que deixa a desejar: uma crítica gratuita, pesada e infundada ao emprego de algemas de tornozelo em um preso. É um acessório policial fabricado normalmente, a ser empregado nas situações em que se fizer necessário. Nunca é demais conter o ânimo de liberdade tentador a quem se encontra detido, vide os casos diversos de fugas e desvencilhamentos já registrados envolvendo algemas de pulso, fato que a jornalista parece não levar em consideração. Violação à dignidade é a foto publicada, o sensacionalismo escandaloso de setores da imprensa, e não o recurso técnico empregados por profissionais, diante do risco iminente de reação ou fuga de quem deve ser mantido preso. Nesse ritmo este blog aqui teria que servir como uma corrigenda daqueloutro; melhor deixar para lá e manter o espaço com discussões saudáveis, sempre em busca de uma amplitude de conhecimento dificilmente alcançável, mas perseguida em incessante esforço.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Jaz
Mais um soldado da PM é morto a tiros fora de serviço; Raimundo José Bonfim, da 14ªCIPM/Lobato, teve a arma roubada e vida ceifada na Avenida Bonocô em acesso a Cosme de Farias, próximo a onde morava, na madrugada de hoje. Investigações estão sendo feitas no intuito de elucidar a motivação e as circunstâncias da morte; engrossam-se as estatísticas com o passar do tempo. (Aratu, Itapoan, Correio, A Tarde)
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Queima
À queima roupa é o nome de uma página integrante do portal Correio, mantida pela jornalista Jaciara Santos, entitulada como blog talvez em virtude da freqüência, tamanho e formato das postagens, mas fugindo à regra pela falta de espaço para comentários ou links para outras páginas, por exemplo. O título é o mesmo de uma coluna que circulava com freqüência semanal no jornal impresso, tratando de assuntos policiais, de segurança pública no âmbito local, predominantemente de assuntos internos da Polícia Civil, possivelmente através da obtenção de informações com alguma forma de privilégio, porém citando também situações da PM, como ocorreu hoje. Uma breve postagem aparentemente desdenha do orgulho corporacional apresentado pelo Maj PM Menezes, do Batalhão RONDESP, sobre a constatação de um dia sem qualquer registro de roubo a ônibus, fato memorável e estimulante. A imprensa não dá espaço para o sucesso das ações da polícia, a jornalista trata do fato com um seco "Pronto, major, alguém está comentando. Agora, tomara que a situação perdure, não é?". Confio no esforço dos bons policiais que reprimem esses crimes, e desconfio das capacidades e intenções de quem afirma escrever sobre segurança pública há 8 anos mas parece crer que é possível em uma cidade como Salvador zerar em definitivo os roubos em coletivos, quem sabe até os homicídios, e também todos os outros crimes, em um mundo fantástico e maravilhoso.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Investigação
Uma dos momentos em que mais atua a Polícia Civil é quando um crime se consuma sem que a Polícia Militar tenha chegado a tempo para interromper a ação e capturar quem acaba de cometê-la. Parece simples e óbvio para os profissionais da área, mas entre leigos, cidadãos comuns, nem sempre é clara essa diferenciação. São trabalhos que se completam, o destino dos criminosos capturados pela PM é a delegacia, que vai fazer o "encaminhamento" ao judiciário, ao lado do trabalho dos peritos, para que sejam adotadas as demais providencias legais. Vejamos na ocorrência que mereceu destaque hoje na imprensa, o roubo à empresa de ônibus BTU, que durou cerca de 4 hora durante a madrugada e resultou no arrombamento de muros e cofres, além de disparos de arma de fogo contra funcionário. Nesses casos, mesmo após a ação ter sido concluída, quem costuma chegar primeiro é a PM, empreendendo buscas no encalço dos acusados quando possível, e isolando a área para o trabalho da perícia. Os peritos fazem fotografias do local, coletam vestígios, instrumentos utilizados na prática do delito e tudo mais que possa auxiliar a elucidação do crime e produção de provas. Policiais civis investigam funcionários, ouvem testemunhas, fazem levantamentos em busca de identificar os autores e proceder a posterior captura dos mesmos. Tendo boa vontade, e recebendo as devidas condições das autoridades, esse maquinário tem condições de ser bastante eficiente, superando eventuais diferenças organizacionais que não podem ser empecilho a uma boa prestação de serviço à comunidade, garantindo a segurança no meio em que todos vivem.
domingo, 12 de outubro de 2008
Homofobia
Indispensável a leitura do jornal Correio hoje, tratando sobre homossexualidade em meio à PMBA. Tema polêmico que costuma provocar grandes discussões com visões diferentes, como a própria reportagem apresenta, confrontando a visão do promotor da Justiça Militar Dr. Luiz Augusto versus a do Grupo Gay da Bahia.
Acesso direto através do clique das images ou pelo site do jornal.
Acesso direto através do clique das images ou pelo site do jornal.
Reputação
A Tarde hoje apresenta indícios de como chegar próximo ao ideal no tratamento a ser dado às mortes de policiais militares: estudar cada caso concreto em separado, com especificidade, para só então incluí-lo em estatísticas. Há ainda uma entrevista a soldado anônimo sobre o assunto, mas em contrapartida percebe-se o grave erro em deixar subentendida uma condenação prejudicial aos finados. O mero acúmulo de registros não dá real noção do que se sucede, é preciso considerar as muitas variáveis para cada ocorrência. A reportagem destrincha o histórico dos assentamentos de vítimas, avaliando a situação em que se encontravam. Obviamente é preciso ter respeito à presunção de inocência constitucionalmente prevista, além do acatamento do freio moral no trato sobre o passado de quem já não está mais entre nós para defender sua honra, contudo é oportuna a análise individualizada para cada caso, levando à concepção de qual a verdadeira conjuntura atual.
sábado, 11 de outubro de 2008
Subestimar
Hoje o jornal A Tarde abriu espaço para quem se precipita em subestimar a capacidade dos alunos do curso de formação de soldados da PMBA, que já iniciaram estágio operacional nas ruas desde ontem, como cita a matéria. Aliás, esquecem que no sábado e domingo passados eles já foram empregados nas eleições, sem registro de quaisquer maiores problemas. Uma pesquisadora critica o fato de estarem nas ruas já armados, parecendo ignorar a conjuntura de constantes ataques a policiais dentro e fora de serviço, relegando aos alunos o posto de alvo fácil e inofensivo no meio urbano. Se a subestimação deve-se ao fato de terem somente alguns meses em curso, é bom lembrar que a guarda municipal, delegados de polícia civil e tantos outros profissionais da segurança pública contam com curto período de formação, menor que o já experimentado pelos recrutas, e nem por isso saem às ruas cometendo atos insanos de despreparo, basta serem bem instruídos. Afora essa questão, é preciso considerar que o progresso nas disciplinas do currículo, abrangendo a base sobre abordagens, legislação, armamento e etapas técnicas, já permite a aplicação em atividades práticas, devidamente assistidas por alguém mais experiente e capacitado, como tem ocorrido. Esperar o dia em que um diploma seja posto embaixo do braço para que finalmente se possa conhecer a prática é perda de tempo, é imaginar que da noite para o dia alguém tenha absorvido toda carga de conhecimentos. Com o devido cuidado, cautela e atenção, a iniciativa é extremamente válida, e mais ainda se cada erro ou acerto realmente for discutido a fundo através de relatórios, estudos de caso em sala de aula, diferentes formas de avaliar o desempenho. Saber que mais PMs estão nas ruas é satisfatório para o público, é preciso depositar confiança em quem fornece segurança.
Dantes
Conforme divulga manchete de capa do Correio, volta a ser tudo como antes no quartel de Abrantes, ou melhor, em Salvador-BA. A SET deixará de efetuar blitze para fiscalizar o cumprimento da lei seca, o que tacitamente torna a legislação inoperante. Quem for flagrado conduzindo veículo sob efeito de álcool continua passível das punições, porém só tende a ser capturado após demonstrar comportamento escandaloso no trânsito, ou pior, após acidentes terem acontecido. É a alegria dos incautos, ladeada pela dor das vítimas, a tristeza das viúvas, a solidão dos órfãos, a agonia dos amputados e todo o rol de pessoas que sofrem as conseqüências da imprudente direção irresponsável. Suspeita-se de medida eleitoreira, típica da politicagem municipal, vista na criação da Guarda Municipal de Salvador, nas recentes medidas "apaziguadoras" do trânsito, como a conversão das multas nas infrações leves ou médias por meras advertências, ou a permanência dos sofisticados novos radares até agora desligados, talvez anseando o dia seguinte ao 2º turno para entrar em ação, agora contando ainda com o fim das abordagens sob alegação de que custam caro para completar o aparato de campanha. Assim segue a vida na terra do(a) vereador(a) Leo Kret. Vamos em frente, o susto ainda foi maior pela cedilha em suspensão, nas letras garrafais do jornal.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Emboscada
O policial militar pode ser atacado quando menos se espera, a qualquer momento, mesmo (ou principalmente) em sua folga. No transcurso do serviço, há a possibilidade de pessoas forjarem uma necessidade qualquer, forçando o deslocamento dos policiais a um local em que há verdadeira armadilha contra os mesmos. Uma viatura passando pode ser vítima de disparos inesperados; módulos e duplas correm risco de sofrer ataques de grupos criminosos. Hoje, na Gamboa de Baixo, área de barracos à beira-mar com registro de tráfico de drogas, 2 PMs cumpriam seu dever, efetuando abordagem a elementos suspeitos como parte da Operação Intensificação, quando foram subitamente vítimas de ataque atribuído a 4 homens em um táxi, que efetuaram disparos de submetralhadora contra os policiais, que felizmente escaparam da ação. A dupla, composta por uma mulher e um homem, da 11ªCIPM/Barra, sobreviveu abrigando-se atrás de um pequeno muro existente no local. É sinal do elevado grau de alerta que precisa ser mantido sob qualquer circunstância, e mais ainda, da necessidade apoiar todos os colegas diante da menor necessidade, jamais esperando que o pior aconteça para que sejam tomadas as providências, afinal a bravura dos combatentes não os torna super-heróis. Suspeitos do ataque tentaram fugir pelo mar, prática rotineira dos marginais da localidade, sendo decisivo o emprego do helicóptero do GRAER na captura de meliantes, fazendo-os retornar à terra, onde 4 foram presos. Esforços foram empreendidos pelo comandante da 16ªCIPM/Comércio, Maj PM Prado, através das guarnições da área juntamente com homens do 18ºBPM/Centro Histórico, CPAC, BPChq, RONDESP, Polícia Civil.
Trabalho conjunto, resultado positivo. Vale o lema das reivindicações da PMERJ: Juntos somos fortes!quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Atitude
Hoje as capas dos jornais foram unânimes em noticiar com imagens ilustrando o protesto feito por policiais militares ontem em frente à Assembléia Legislativa, no intuito de cobrar melhorias do Governo para garantir a sobrevivência policial. É sinal de que estamos caminhando a passos largos para uma realidade mais crítica; por mais que as polícias continuem a atuar, a criminalidade cresce. Ontem houve troca de tiros em que 3 criminosos foram mortos pela polícia na Federação, ao tempo em que na área de Cajazeiras um policial militar foi vítima de atentado, logrando êxito em escapar dos diversos disparos efetuados contra ele, no bairro onde cogita-se uma recompensa de R$ 12 mil para quem executar um tenente PM. O esforço empreendido com certo sucesso em Tancredo Neves, por exemplo, fez a criminalidade migrar para outras áreas, mantendo índices elevados em bairros adjecentes, conforme noticia o jornal A Tarde hoje. É um jogo de gato e rato, mas sem nenhuma graça, onde homens da lei duelam diariamente com marginais, às custas de muito sangue, sem apoio suficiente.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Justiça
Bom ver a rapidez e precisão da justiça na resolução do caso que hoje foi anunciado pela imprensa. À época denunciada como precipitação aqui no blog a postura da mídia, e mais ainda do governador do RJ, ao chamar o PM envolvido de descontrolado e mal preparado, a ocorrência envolvendo o policial Marcos Parreira do Carmo que resultou na morte de Daniel Duque foi julgada pelo tribunal do júri, e o resultado foi absolvição por unanimidade, 7 votos a zero. Felizmente não prevaleceu o suposto "princípio da culpabilidade policial", onde os agentes da lei são vistos antecipadamente como culpados de crimes, demandando grande esforço dispensável em provar que não cometeram delitos. Bastante célere a justiça no presente caso, e certeira na decisão.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Correr
Militares em geral, sobretudo no período de formação, durante cursos ou fase de adestramento, costumam destacar pelotões para a prática de atividades físicas nas ruas, notadamente os tradicionais "corridões", que já inspiraram músicas diversas. Ainda que sem profundo embasamento legal no âmbito do trânsito, questiono e arrisco afirmar que falta legitimidade ou pelo menos conveniência em diversas ocasiões envolvendo essa atividade. Quando é feita em horários de intenso movimento e/ou em vias de fluxo elevado, quebram a harmonia do tráfego, provocando lentidão, atrasando os passantes, dificultando o trânsito de carros de emergência. Acabam por forçar veículos a procederem ultrapassagens perigosas pela contramão, ou expõem a riscos a própria tropa, altamente vulnerável. Quando a atividade é desenvolvida em horários de menor tráfego, ás vezes antes mesmo do clarear, a partir de 5 horas, as vibrantes cantigas tendem a incomodar quem repousa no sagrado silêncio dos seus lares. É louvável o estímulo à vida saudável, há quem veja beleza na passagem da tropa em exercício, mas antes de tudo deve ser considerado o dano que pode ser provocado à coletividade. Não é excesso cogitar que, caso um grupo de paisanos, cidadãos comuns, resolvesse correr agrupados no meio da rua em pleno dia, possivelmente aqueles que assim procedem quando uniformizados seriam os primeiros a desestimular a conduta e impedir a continuidade. Até mesmo se os grupamentos fardados fossem correr em rodovias, áreas nobres ou grandes avenidas, autoridades de trânsito tenderiam a sentir-se incomodadas com a presença dos ilustres visitantes. Que seja mantido o salutar hábito do pelotão correndo com garbo e marcialidade, alegrando crianças, despertando idosos e atiçando moças, desde que seja oportuno e conveniente, sem prejuízos à sociedade.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Canibal
Engana-se quem pensa ser forte o corporativismo entre policiais; longe disso, está mais para canibalismo. Vejamos o exemplo de fatos recentes, como um suposto ataque praticado por PM contra um jornalista, quebrando a camera filmadora do mesmo a tiros. Independentemente da concorrência real e capitalista, a imprensa deixou de lado o fato da vítima envolvida ser da TV Educativa. Na internet, está escrito no portal Aratu On Line, no Itapoan On Line, no iBahia, no Correio, em A Tarde, no Bahia Notícias, em todos os lugares. Os canais de televisão foram unânimes em criticar a ação, seja a TV Record, o SBT, a Rede Globo ou a Band, ninguém deixou de citar o fato repudiando a ação atribuída a um policial militar. Assim se fortalecem, defendem seus profissionais, cobram resposta; a comunicação social garantiu que vai apurar rigorosamente o fato, e que a prática não é pregada na corporação. Mas enquanto isso, o que os policiais estão fazendo? Há aspirantes-a-oficial tripudiando alunos-a-oficial, há praças escarnecendo oficiais, há alunos-a-soldado achincalhando seu pares, há a eterna rivalidade infame entre civis e militares. É o capital humano disputando quem é mais sujo que o outro, em autofagia predatória.
domingo, 5 de outubro de 2008
Dia
Eleição é dia de festa, a lei seca só existe no trânsito ou no papel, a bebedeira marca presença pelas ruas em bairros populares, muita gente sai de casa e se reúne para jogar conversa fora, discutir política com amadorismo, e alguns para embriagarem-se voluntariamente. A PM trabalha como nunca, como sempre, atendendo às inúmeras demandas sociais que surgem de todos os lados e gêneros, desde fornecimento de informações, prestação de socorro, a intermediações de conflitos e até trocas de tiros, como ocorreu no Engenho Velho da Federação. O crime não tira férias, não tem folga, não respeita qualquer dia, por isso os guardiões da lei se mantêm zelosos no cumprimento do dever, assegurando um mínimo de tranquilidade à coletividade. Esse é o trabalho da polícia, ainda que nem todos vejam.
sábado, 4 de outubro de 2008
Complexidade
São incontáveis as variáveis, fatores e elementos que envolvem o combate à criminalidade, contudo muitos incautos continuam a atribuir equivocadamente a maior parte da culpa do suposto insucesso às polícias civil e militar. Hoje o Correio trouxe reportagem sobre a reincidência criminal, apontando estatística de 85% para ilustrar a quantidade de presos que já cumpriram pena anteriormente no Brasil, ou seja, saíram e retornaram para os presídios. A quantas andam as administrações penitenciárias? Aliás não é só lá que são encontrados os detidos, há inúmeros espalhados por delegacias, escapando em fugas vezeiras. Se esses antros de reclusão andam cheios, superlotados, é graças ao empenho dos policiais civis e militares, que por sinal tem agido energicamente em Salvador nos últimos dias, ainda que eventuais atentados contra os mesmos, até em serviço, quando respondidos à altura com eficiência e técnica profissional, despertem suspeições de quem está distante da linha de frente. Apesar dos pesares, as forças públicas continuam atuando, em defesa da sociedade, de algo melhor.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Guardas
Aproximam-se as eleições, a PMBA trabalha a todo vapor, superando as mais diversas dificuldades para colocar nas ruas todo seu efetivo e assim permitir o bom andamento do pleito eleitoral. Mal sabem os cidadãos da quantidade de obstáculos para o emprego satisfatório da tropa por completo no domingo, nos bastidores hão de serem considerados quase heróis todos aqueles que continuam firmes no cumprimento do dever, sem esmorecer. Estará presente também nas ruas a Guarda Municipal de Salvador (1 e 2), reforço providencial; também, não poderia ser diferente, é uma grande bandeira do prefeito que tenta reeleição. Estarão próximos às escolas, em quantidade total de 850, tendo sido instruídos para auxiliar a fluidez do trânsito, com alerta claro do comando para não substituir nem fazer o trabalho da polícia, como tem que ser, sempre. Estão orientados a acionar a PM em ocasiões especiais quando se fizer necessário, bom sinal da proposta de entrosamento para que o trabalho das duas corporações se complete sem qualquer conflito.
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