sexta-feira, 11 de julho de 2008

Rio

Acompanho com atenção a situação da segurança no Rio de Janeiro, sem divulgar muito aqui no blog, seja por priorizar os assuntos locais, ou pela cautela necessária ao comentar sobre o que ocorre em outra polícia, em outro estado. Mas as últimas informações dão conta que beira a calamidade o momento vivido, não tanto pelos erros flagrados ultimamente, mas pelo estado de ânimo da tropa, vide a autêntica representação através de blogs (Praças da PMERJ, Blog do Pracinha, PM Utopia), que podem não representar uma condição unânime, mas apontam o pensamento de parcela significativa. A proposta de adotar uma postura omissa de agora em diante trará graves conseqüências à sociedade, a inércia do governo parece ter forçado os policiais a recorrerem às últimas formas de fazer ouvir a sua voz. Além da leitura diária dos relatos de descontentamento através dos blogs, a reportagem mostrando os cartazes colados em postes pela cidade demonstra a extrapolação dos limites, essa "panfletagem" anônima certamente oriunda dos policiais militares chocou pelo conteúdo, pesado e verídico, a destacar as frases: "Ninguém respeita o direito do PM. Tratam-nos como animais e debilóides, o que podemos esperar de animais e debilóides armados?", "O PM vive na ditadura, sobre (sic) pressão, acuado, desmotivado". Há em um blog uma postagem com relato dramático "Ontem pela manhã já sentia que o clima na PMERJ não era nada bom... Foram inúmeras faltas ao serviço, policiais militares fadigados e com uma péssima aparência nas ruas, quase que se arrastando inertes a tudo que ocorria ao seu redor, e um destes policiais militares após tentar suicídio...". É grave a situação, e ao que tudo indica tende a piorar, infelizmente. Que sirva de lição às autoridades do restante do país, para que certos erros não sejam repetidos.
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4 comentários:

Anônimo disse...

Fico pensando se este é mesmo o fim do poço ou é só mais uma fase de crise, de tantas que já passamos.

Assim como ouvimos a muitos anos que vai melhorar, ouvimos também que vai acabar a PM (ou que já acabou), e nenhuma das duas coisas acontecem.

É esperar pra ver.

Anônimo disse...

Isso tudo é consequência do modelo de policia adotado no país.
Não pode haver monopólio por parte do Estado na segurança pública,isso sim,é anti constitucional.
Mudança urgente no art.144/CF,para obrigar a União e o município a dar segurança pública ao povo,que não pode e nem deve ter as suas vidas asseguradas por uma única instituição,seja ela federal,estadual ou municipal.

Anônimo disse...

Imaginem um estado em que o governador demonstra clara e explicitamente seu descontentamento e antipatia com a classe policial militar. O que fazer quando não a mais sintonia entre o governador e os seus policiais militares, responsáveis pela segurança da população que vive sobre sua tutela? É complicadíssima a situação do Rio de Janeiro, amigos a tropa está sim em um estado de nostálgia, desacreditados os policiais militares cansaram de tentar, de lutar... O pior de tudo é que não acreditam mais em mudanças, e essa é a primeira vez que, uma maioria, aparenta esse sentimento.

Lamentavelmente hoje o povo do Rio de Janeiro não está seguro, eu estou com medo, pois estou vendo de camarote o caos causado pela falta de investimento estadual no setor de segurança pública. Mas então o que devemos fazer? Como reagir quando seu "chefe" está gritando aos quatro cantos que não "gosta" de você?

Temos policiais militares desistindo da VIDA, no Rio de Janeiro! Pode parecer até piegas, mas é verdade... nós PMs somos HUMANOS...

Obrigado pela força, estamos juntos!

Pracinha disse...

Embora eu quisesse que mudanças ocorressem, eu sei que nada vai mudar, infelizmente. Daqui a pouco todo mundo esquece desse caso e tudo volta a ser como antes. Eu espero estar errado. Saudações!

 
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