Protestos estudantis são comuns, em tempos passados os caras-pintadas marcaram uma mudança no panorama nacional, há alguns anos houve a "Revolta do Buzú" em Salvador-BA, nos últimos dias algumas manifestações surgiram pelo país sobre as mudanças vindouras na seleção por vestibular, e desde ontem, são vistos na capital deste estado protestos estudantis pedindo professores, melhorias, higiene, entre outras necessidades não satisfatoriamente supridas pelos governos. Um problema que surge é a desordem provocada no bom andamento da tranquilidade e ordem pública, sobretudo através do bloqueio do trânsito. Particularmente, ontem enfrentei tráfego complicado na volta para casa no final da tarde em virtude dos transtornos na Calçada, e os jornais já noticiam que hoje a situação é a mesma. É preciso respeitar o direito dos estudantes de se manifestarem, e a Polícia já sabe fazer isso muito bem, mas como há pouco estive daquele lado, não há como deixar de observar, francamente, algumas situações no caso da Calçada, por exemplo:
- As imagens mostraram real sujeira na escola, a direção admitiu que atualmente não há pessoal destinado à manutenção da limpeza, o que é inaceitável. Contudo, há de se lembrar que, geralmente, os responsáveis por "emporcalhar" salas e corredores, colando chicletes em carteiras, pichando paredes, urinando no chão, entre outras imundícies, são os próprios alunos;
- As pessoas que são prejudicadas no trânsito, muitas vezes, não têm qualquer relação ou responsabilidade direta pelo problema, e sofrem as maiores consequências do caos instalado;
- É raríssimo ver alunos se manifestando nas férias, feriados, finais de semana, ou até depois do horário de aula, o "legal" é fazer isso quando se deveria estar estudando;
- Na terra da alegria, tudo é carnaval, e longe das manifestações ideológicas, o que se vê em muitos protestos é a farra, coreografias de pagode, gritos de guerra das torcidas organizadas, batucada de um lado, namoricos de outro, e uma meia dúzia de sectários de alguma tendência política fazendo a zoada;
- A PM jamais chegaria sem qualquer motivação reprimindo e prendendo alunos à força, antes de tudo há a previsão legal das ações, a determinação expressa das autoridades, e a nunca citada agressividade de alguns estudantes, que desacatam e agridem policiais com xingamentos, gestos obscenos, pedradas e outras formas de violência;
- Enfim, por que não se agrupar em frente à Reitoria, à Prefeitura, sobre a calçada, demonstrando sua insatisfação aos responsáveis sem atrapalhar o cotidiano do restante da população? Pensemos nisso.
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