terça-feira, 15 de julho de 2008

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Outra ocorrência envolvendo morte de vítima é registrada no Rio de Janeiro, inevitavelmente a repercussão midiática é cercada de fanfarronice e amadorismo. Como não creio na possibilidade do cidadão comum se colocar na condição daqueles policiais por pleno desconhecimento, conclamo os combatentes a avaliar doutrinariamente o que ocorreu. Há uma perseguição, próximo a ser alcançado ocupante do veículo em fuga efetua disparos, atentando injustamente contra a vida dos policiais, do que se infere a ação amparada pela legítima defesa, reagindo proporcionalmente ao risco. Há de se considerar a possibilidade de haver reféns, seja no espaço dos passageiros ou na mala do veículo. E então, o que fazer: esperar que os integrantes da guarnição sejam alvejados por mais tiros, reagir no cumprimento do dever mesmo com o risco da própria vida, ou parar a viatura e deixar o criminoso escapar fazendo o que bem entender dali em diante? O comando da PMERJ e o secretário de segurança pública do estado foram sábios em reconhecer a legitimidade da ação; a quem vive alheio ao serviço só criticando a atuação dos outros resta o inevitável desprezo às colocações espalhafatosas e ignaras.
No Jornal Hoje, em entrevista ao vivo, o apresentador Evaristo tentou de todas as maneiras pressionar o tenente-coronel sendo visivelmente deselegante, envolvido por uma aura amadora de emoção por se tratar de Luiz Carlos Soares da Costa, um homem que trabalhava no jornal O Globo.
Houve crítica ao tratamento dado aos corpos logo após os disparos, em breve análise legal perguntaria se é exigível do homem médio ter todo zelo e compaixão com quem acaba de atentar contra sua vida a tiros. Penso ser mero exaurimento da ação, porém é oportuna a revisão dos atos nesta modalidade de ocorrência evitando possíveis falhas. Era previsível que um dos ocupantes fosse vítima? Eis o complexo xis da questão.

5 comentários:

Anônimo disse...

È incrivel a facilidade que a mídia encontra para falar mal e induzir pessoas a criarem opnioes ruins sobre a pm. Falar mal da pm é facil e aumente estrondozamente a audiencia de qualquer programa televisivo, é um tema polemico. Podemos observar claramente como os jornalistas das reportagens desse caso buscam "complicar" as autoridades quando falam do caso, um sensacionalismo terrivel. O que agrava ainda mas situação é ve pessoas que nada entendem tecenicas operacionais PM criticarem e ate opnarem sobre o assunto como se fossem especialistas. Criticas atitudes da policia sentado, em uma situaçao totalmente confortavel é muito facil. Queria ve se fossem "eles" (alguns jornalistas) qu etivessem sendo alvejados por tiros sobre as mais diferentes adversidades qual seria a reaçao...

Anônimo disse...

È incrivel a facilidade que a mídia encontra para falar mal e induzir pessoas a criarem opnioes ruins sobre a pm. Falar mal da pm é facil e aumenta estrondozamente a audiencia de qualquer programa televisivo, é um tema polemico. Podemos observar claramente como os jornalistas das reportagens desse caso buscam "complicar" as autoridades quando falam do caso, um sensacionalismo terrivel. O que agrava ainda mas situação é ver pessoas que nada entendem tecenicas operacionais policias, criticarem e ate opnarem sobre o assunto como se fossem especialistas. Criticar atitudes da policia sentado, em uma situaçao totalmente confortavel é muito facil. Queria ver se fossem "eles" (alguns jornalistas) que estivessem sendo alvejados por tiros sobre as mais diferentes adversidades qual seria a reaçao...

Ivannovich disse...

Realmente concordo com a deselegância do jornalista Evaristo e gostaria de parabenizar o Sr. Rogério Leitão pela excelente maneira que se portou mesmo sendo interrompido e "agredido" pelo jornalista em uma maneira clara de tentar manipular opniões. E podem esperar que qualquer erro no procedimento vai virar notícia... quando a mídia escolhe um assunto... perciste até não poder mais.

Abraços e excelente post!

Anônimo disse...

Olá Victor!


Não discordo da abordagem maniqueísta da grande imprensa e o quão ruim isto é para a segurança púlbica, pois aumenta ou incita a desconfiança de nós cidadãos comuns para com os profissionais de segurança. Ainda assim gostaria de fazer a duas (2) perguntas para que você, como profissional de segurança, possa responder se possível:

1 - Um carro segue com dois indivíduos em atitude supeita... o motorista do carro faz disparos contra os policiais e o acompanhante (que seria o atirador privilegiado) não faz os disparosa. É difícil imaginar que o acompanhane pode ser uma vítima ou refém?

2 - Qual conselho você daria para uma eventual vítima de uma situação semelhante (ser refém num assalto e antever o início de uma troca de tiros entre seu agressor e os policiais), se atracar com o bandido (pois você será fuzilado do mesmo jeito)?

Eu sou cidadão carioca, sei que existem vários policiais valorosos, aguerridos, verdadeiro herois... mas eu temo por minha segurança sempre que sou abordado em blitzes! Você percebe como os caras tabalham com os nervos a flor da pele.

Tem algo de muito errado com a segurança pública carioca... e não é, necessariamente, os policiais! Embora, neste caso particular eu (leigo e ignaro em segurnaça) acredite que eles foram afoitos e por isso a vítima faleceu!

abraços

Anônimo disse...

Agradeço pela leitura atenciosa e comentários, dos quais respondo o último:

1 - Tenha certeza de que é muito difícil saber se de 2 ocupantes de um veículo apenas um efetua disparos durante perseguição, sem dizer que à noite isto se torna quase impossível como foi no caso em voga. E como bem lembrou o Diário de um PM ( http://www.diariodeumpm.net/ ), não é o mais comum ter 1 bandido e 1 refém nestas ocorrências, o senso indica que poucos cometedores destes crimes agem sós.

2 - Este tipo de conselho não é muito válido, cada situação é única, são inúmeras as variáveis a serem consideradas, mas como você mesmo sugeriu é válida a tentativa de duelar com o criminoso caso pareça ser o último recurso, ou acender a luz interna, tentar fazer sinal pela janela, puxar freio de estacionamento, pular do carro em movimento, há milhões de diferentes possíveis desfechos, sem haver sucesso ou fracasso garantido.

Nem eu me sinto plenamente seguro ao ser abordado pela PM, sei do nível de stress que esta atividade carrega consigo. Sugiro a leitura de breve postagem que fiz há algum tempo aqui mesmo no blog ( http://blitzpolicial.blogspot.com/2008/05/abordagem.html ) relatando sensações no dia em que pela primeira vez "interagi" com policiais em serviço.

O que me preocupa é imaginar que há quem acredite que policiais efetuariam disparos conscientes de que em um veículo só há crianças ou pessoas inocentes, é muita petulância de quem propaga esse pensamento.

 
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