As corporações policiais, em geral, não fornecem aos seus prepostos todos os equipamentos necessários para o bom desempenho na execução do seu serviço, o que leva alguns profissionais mais motivados e comprometidos a adquirirem por conta própria, gastando do próprio bolso, materiais que facilitem sua atuação. Nas de estrutura militar, a doutrina e a lei costumam pregar a necessidade de certa padronização e uniformidade na tropa, o que realmente melhora a apresentação do efetivo, sua ostensividade, porém pode acabar hipnotizando uma mente observadora que não seja suficientemente capaz de diferenciar a homogeneidade necessária em um desfile, uma solenidade, versus um pragmatismo indispensável para a atividade prática operacional. Obviamente que não se propõe a tolerância ao emprego de armas ou apetrechos ilícitos por exemplo, em desconformidade com a legislação controladora, bem como as vistas grossas ao que destoe gritantemente da coletividade, violando os regulamentos, mas é preciso refletir, por exemplo, sobre a proibição de um soldado levar para o seu serviço um cantil, que se coaduna perfeitamente com o uniforme, e lhe será útil para beber água sem pedir a quem quer que seja ou ter que se deslocar longas distâncias, afastando-se do posto. Água, por sua versatilidade, pode servir para limpeza, lavagem de mãos e partes sujas de suor ou sangue, como por vezes ocorre nos eventos especiais. Logo, é aceitável proibir? Como imaginar que um policial seja obrigado a sair às ruas, eventualmente tendo que interferir no trânsito, sem o apito que comprou com sua própria verba, para auxiliá-lo diante da necessidade, só porque nem todos têm igual? Impedir de levar lanterna em um serviço noturno, em área de baixa luminosidade, deixar de portar vários acessórios seus que sabidamente farão falta em vários momentos, como canivete, luva cirúrgica, protetor auricular, celular, algemas descartáveis, tudo em prol de uma ficta padronização?
Os coldres, por exemplo, às vezes um modelo fornecido é desajustado, de baixa qualidade, ineficiente, então o combatente resolve investir vultuosa quantia em outro de melhor condição, totalmente compatível com a farda, e ainda assim é impedido de usar? O regime das PMs ainda é militar, conforme reza a Constituição, mas tal característica jamais deveria se tornar empecilho para a elevação do nível de excelência nos serviços prestados, porém possivelmente ainda devem ocorrer registros de tal natureza.
Os coldres, por exemplo, às vezes um modelo fornecido é desajustado, de baixa qualidade, ineficiente, então o combatente resolve investir vultuosa quantia em outro de melhor condição, totalmente compatível com a farda, e ainda assim é impedido de usar? O regime das PMs ainda é militar, conforme reza a Constituição, mas tal característica jamais deveria se tornar empecilho para a elevação do nível de excelência nos serviços prestados, porém possivelmente ainda devem ocorrer registros de tal natureza.
6 comentários:
ESTOU TOTALMENTE DE ACORDO COM SEU PENSAMENTO.O SENHOR FOI MUITO FELIZ NESTA OBERSERVAÇÃO MEU NOBRE SUPERIOR HIERÁRQUICO.
Com certeza, muito pertinente o texto! Em estando na condição de comandante, não me parece sensato deixar minha tropa mais uniforme e menos operacional apenas em nome da uniformidade. Por exemplo, o coldre fechado ou o aberto encontram previsão legal no RUPM, logo os dois são uniformes. O que não posso é prejudicar uma ação técnica do combatente: se ele julga ser mais operacional usar um coldre aberto, que use, de cintura ou de perna, idem. Militarismo é seguir regulamentos,mas sem ser desinteligente!!!!
Muito bom o comentário do colega acima,não iremos mudar às formas dos combatente de usar certos uniformes uns querem ser operacionais outros não o importante e cumprir fazer cumprir.
Muito bom os comentários. O que importa é o serviço bem prestado, a dignidade do trabalho e o restorno ao LAR. Nem que pra isso seja necessário carregar um F15 no cinto de guarnição.
Hum, não sei, acho que esse apretecho devem ser deixados na cafua,ops! na reserva dos alojamento, afinal somo militares e se militarismo prega unifomidade devemos sempre ser padrão, nem que para isso precise colocar a calça na altura do umbigo.
Seguindo a logica dos Oficiais,deveremos sim ter equipamentos que ajudem e melhorem nas atividades de um combatente,que não prejudique nem desentue o padrão,por isso poderiamos usar equipamentos MILITARES de ultima geração como coletes taticos decentes,coldres que melhor se ajustam ao individuo,ter equipamentos modernos e baratos como algemas plasticas,lanternas,ou ate mesmo visao noturna para missões a noite,tambem sitema de hidratação como cammel-Bak,mas segundo o anonimo aqui,que deve ser da antiga escola,ou mesmo um policial que não quer a mudança,pois para ele o mais comodo é o melhor,e não sabe, o que deve ser uma operação de guerra que todos os dias fazemos com equipamentos obsoletos.
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