terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Farda

O roubo à agência do Banco do Brasil em Tanquinho hoje pela manhã trouxe consigo uma peculiaridade: dois dos quatro bandidos usavam fardas da PMBA durante a ação. Foram perseguidos e encontrados em outra cidade, sendo que 3 vieram a óbito por resistirem à prisão e um outro empreendeu fuga. A chegada de uniformes a mãos indevidas não é algo difícil de ocorrer, seja pelo descuido no descarte dos inservíveis, pela facilidade de compra em certas lojas ou ainda aos criminosos que porventura ainda estão infiltrados nas fileiras da corporação. O fato oportuniza uma reflexão sobre como deveria ser possível identificar com facilidade um falso policial sob uniforme, contudo nem sempre se verifica na prática. Quem veste farda sabe que, geralmente, a primeira prova das peças deixa uma aparência um tanto desconjuntada, quem tem pouca intimidade com boina, gandola, calça com bombacha e outros detalhes, dificilmente se ajusta de primeira, bem como no que diz respeito a cinto de guarnição. Logo, se a tropa como um todo seguisse um padrão mínimo de cuidados na apresentação pessoal, seria possível identificar de relance quem destoasse do coletivo. A simples observância de pequenos detalhes do regulamento de continência ou também do manual de ordem unida elevariam a possibilidade de reconhecer o estranho no ninho. Pode parecer muita "viagem", porém não é demais lembrar de um fato registrado em junho de 2008 na Delegacia dos Barris, quando um ex-detento, disfarçado de policial civil – camisa branca com o nome da instituição e touca preta (brucutu) –, conseguiu passar tranquilamente por um grupo de dez agentes, mas não passou pelos policiais da 1ª CP/Barris que desconfiaram de sua atitude ao referir-se aos policiais como “senhor”. O diabo mora nos detalhes.

6 comentários:

Anônimo disse...

Lembro-me bem desse fato ocorrido da 1° CP barris que,um cara de pau tentou nos enganar otário,senhor praticamente não usamos esse pronome de tratamento em nosso cotidiano,quanto ao ocorrido em tanquinho a coisa ta ficando séria a cada dia que passa todo mundo é PM todo cuiado é pouco daqui pra frente.

Anônimo disse...

Sou PM. Gostaria de ver realmente na prática, um padrão no uso do nosso fardamento. Realmente há uma verdadeira bagunça, onde nossos companheiros PMs usam ou colocam qualquer peça de uniforme, sem que haja qualquer controle efetivo. Isso inclue Oficiais e Praças e principalmente conivência do nosso governo que nos fornece até uniforme com material de qualidade duvidosa.
O coldre por exemplo...por ser horrível até na aparência visual, cada um usa o que quer, a começar pelos oficiais.

Anônimo disse...

Tou iniciando minha carreira profissional na Policia Militar a partir de agora. Espero e me preparo para alçar vôos altos. Observo que falta uma padronização.
Eu uso o coturno que recebi após formado e sinto o desconforto q me causa. Comprei um acolchoado. Quanto ao coldre, é muito feio, aih tive que adquiri por meio próprio, um mais simpatico. Faço isso porque vejo que meus superiores hierárquicos também o fazem.

Unknown disse...

Eu já pude reparar que alguns policias usam uniformes diferentes, principalmente na coloração dos mesmos, alguns com um marrom caqui? mais escuro, outros não, talvez por ser novo e com as repetidas batidas na maquina de lavar a roupa acaba perdendo a cor. Mas que é estranho ver um policial com o uniforme todo"
bidunga" é.

Anônimo disse...

Caro Anônimo muito bem colocado sua observação sobre diferentes padôes de fardamento, essa observação é normalmente feita por quem está iniciando ( bem vindo ), mas com o passar do tempo voce vai perceber que isso é apenas um detalhe, que os nosso vencimentos vão fazer parte de um conjunto de razões das quais farão vc esquecer padrões de uniformes.
Um Abraço.

Anônimo disse...

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