Versa o artigo 30 do Código Penal: "Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.". Acerca do fato envolvendo latrocínio onde a vítima é pai de oficial do GRAER, fica a curiosidade sobre o porquê de tanta ênfase a esta condição, possivelmente desconhecida por parte dos autores do crime. No recente caso do major vítima de disparos em roubo a posto de combustível, era significativo apontar a condição do mesmo, uma vez que se encontrava uniformizado, como representante legítimo da corporação. Já no caso de ontem, interessava mais aos policiais saber que se tratava do pai de um colega do que à população em geral, o que parece tornar dispensável a divulgação desta condição, tampouco expô-la com tanta notoriedade em capas de jornal. Se comprovado que os criminosos sabiam da condição do filho da vítima, até que pode ser compreensível a comunicação desta peculiaridade; do contrário, deve ser mais um artifício ardil para angariar audiência ou até comprometer o clima já conturbado da sociedade nos últimos dias.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
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6 comentários:
Muito bem colocado. Inclusive, essa conduta da mídia, talvez, se fosse objeto de estudo se descortinaria, mais complexa do que o senso comum imagina, pois ao meu ver, é focada em questões morais, e de intresse capitalista, já que falar de violência e de polícia, dá audiência e em consequência "lucro". A impressão que tenho e já comentei com uns amigos é que que a imprensa, quando não é hipócrita, fica, de "olhos apertadinhos" e "dedos cruzados" torcendo para que alguma tragédia aconteça. São chacais, vampiros sensacionalistas.
Acrescento ainda, que se tratando de dignidade e respito a pessoa humana, o Pacto de São José da Costa Rica, do qual, salvo engano, o Brasil é signatário, deve "andar assustado" com o que acontece em nosso país. Mas também sei que não é só aqui que tudo isso acontece.
Quero postar para quem possa interessar, que no "podcast" do site da r ádio metrópole(http://www.radiometropole.com.br) , existe uma sequência de entrevistas, muito interessantes, a respeito da segurança pública e a violência, os convidados, pelo que notei, são técnicos, e/ou conhecedores da matéria. Há até um MAJ da PMBA, que se expressa muito bem, e faz colocações pertinentes. Caso tenham dificuldade, postarei os links.
Quem tiver dificuldades para ouvir as entrevistas, pode clickar com o bot ão direito e baixar o respectivo arquivo de cada uma delas. Abração.
Obrigado pela oportuinidade
Nós nos tornamos vítimas de nosso próprio discurso. Caro colega, sua prática reiterada de reportar erros de Jornais torna-se aqui comprometida: vc comete um engano imensurável ao citar um artigo do Código Penal q traz conteúdo totalmente diverso do pretendido por vc.
realmente a acepção jurídica da expressão não se coaduna com o significado buscado pelo dono do blog ao realizar sua crítica, o que pode causar estranheza para aqueles que tentarem interpretar rigidamente os dois sentidos da expressão.
Confere a crítica, já respondida em postagem especial pertinente ao assunto; em mais de 120 postagens nos quase 3 meses de blog, há sempre o risco de cometer algum lapso, já identificado e, dentro do possível, corrigido.
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