segunda-feira, 16 de março de 2009

Patrimonial

Prover segurança patrimonial é um grande desafio, é realmente difícil manter um estado de alerta constante ao responsável pela vigilância de certas instalações, seja ele um guarda municipal, uma sentinela, um porteiro ou qualquer profissional semelhante. Alguns procedimentos "burocratizantes" tendem a auxiliar a manutenção do controle necessário, mas nem todos estão dispostos a fazer os investimentos necessários ou se submeter a procedimentos de fiscalização constante, alegando invasão de privacidade e constrangimento. É preciso lembrar que a segurança pública, além de dever do estado, é direito e ainda responsabilidade de todos, que precisam efetivamente se comprometer nesta causa. Uma boa matéria disponível no portal G1 faz referência a recomendações repassadas para porteiros, síndicos e gestores de condomínios, visando estabelecer a segurança necessária no espaço privativo. A reportagem foi feliz em expor frases como "Quanto mais regra tiver, mais o condomínio é seguro", "Segurança é feia e é chata, mas todo mundo quer.", palavras do ex-PM e professor de direito Florival Ribeiro, que atua no ramo. Lembra, com humor, que o visitante que entra em uma favela depois das 22h é submetido a uma saraivada de perguntas e, se passar pela portaria, tem que seguir escoltado até o destino declarado. Nos condomínios, qualquer pergunta do porteiro é encarada como atrevimento e tem potencial para gerar queixas ao síndico capazes de provocar uma demissão sumária. Vê-se que por pressa, orgulho, vaidade, despeito, ansiedade e outras sensações fora de controle, a segurança da coletividade acaba sendo comprometida. Vale a pena conferir o conteúdo, visando rever procedimentos nas portarias de condomínios, utilizando ainda a tecnologia a favor da proteção, que serve também de aprendizado para indústrias, comércios, quartéis e delegacias. Além disso, é preciso cobrar do fator humano o maior grau de alerta possível, dentro das limitações - a ousadia dos criminosos é crescente, vide o recente roubo de fuzis em um batalhão do Exército em Caçapava-SP, a subtração de dezenas de pistolas, fuzis e munições no Centro de Treinamento Tático na Companhia Brasileira de Cartuchos (CTT-CBC) em Ribeirão Pires-SP, ou os revólveres tomados de guardas civis metropolitanos em São Paulo.

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