Um artigo da seção de Opinião no jornal A Tarde hoje chamou a atenção pela correspondência entre o título "Em defesa da PM da Bahia" e o autor, o Promotor Almiro Sena Soares Filho, que não parece ter muita afeição às práticas hodiernas da milícia baiana no campo operacional como um todo. Dada a fundamentada má impressão anterior, surgiu um interesse especial em desvendar o conteúdo do texto, e de fato pareceu uma análise justa, cônscia e imparcial dos ocorridos, separando a instituição da ação praticada, reconhecendo a larga predominância de ações dignas de orgulho praticadas diariamente pela corporação ao longo de sua gloriosa existência. Dos 5 parágrafos de reflexão, os 4 primeiros são elogiosos pela escrita responsável e verdadeira, contudo o último deixa bastante a desejar, comprometendo toda a qualidade do texto, ao recorrer ao velho, duvidoso, cansativo e repetitivo jargão de que a polícia tortura e executa indiscriminadamente pobres e negros. Ora, as nossas polícias, desde os níveis de execução ao alto comando, são compostas em notável parcela por pobres e negros, essa é a verdade, variando quanto ao nível de riqueza, mas sempre sem margem que justifique qualquer conduta pautada em critérios meramente étnicos ou financeiros para o cometimento de ilicitudes. Acontece que a violência urbana mais reprimida pela polícia estadual, tipo roubo a transeunte, veículo, coletivo, uso e tráfico de drogas, estupro, homicídio, entre outras práticas, é predominantemente cometida por pobres e negros, vide o perfil do público que lota delegacias e presídios. Ainda vivemos em uma sociedade onde o crime dos ricos e brancos costuma ser no âmbito fiscal, corrompendo administrações, com infiltração política, em níveis e modalidades cuja repressão costuma ser de competência da Polícia Federal, essa sim diariamente lida com classes abastadas, ao tempo em que a realidade nos estados é a ronda no subúrbio, periferia, na favela, onde a formação étnica e social segue um determinado padrão. É preciso encarar essa realidade com reflexões verdadeiras, sem rótulos e chavões vencidos.
terça-feira, 10 de março de 2009
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3 comentários:
Uma grande verdade foi dita neste texto no que se refere ao promotor Almiro, as práticas hodiernas são ferozmente postas como objeto no serviço de promotoria, as boas ações dos integrantes da milicia de bravos passam desapercebidas, se na imprensa temos a corja da TV Itapoan, na justiça temos um algoz que age conforme a lei, promovendo a justiça, mas tem por prática generalizar.
Desde quando é interessante paranós a opnião de um Promotor de Justiça?
Quem é ele para dizer onde estamos errados em nossas ações?
Sentado no seu Palácio, com seu ar-condicionado, sua água-mineral estupidamente gelada, nunca será capaz de idenificar os problemas da sociedade.
O que faz ele para mudar essa realidade?
Vestido em sua capa preta como sendo a armadura de THOR.
Vem pra rua amigo, vem saber o que é perder quase a metade do desenvolvimento de seu filho tomando conta dos filhos incorrigiveis dos outros.
Sai do palácio da justiça e vem trocar tiro com a gente, vem se sujar de sangue de vítima de acidente de trânsito que a todo instate pede pra não morrer; não sabendo ela quenão decidimos quem vive ou quem morre nesse mundo.
Caros colegas, opniões de pessoas como essa de pouca atenção merecem. Seremos sempre os anjos que morreremos por pessoas como está. Nós sim somos os CARAS, somos orgulho de nossos filhos, mulheres e pais. SOMOS PMBA ATÉ DEPOIS DA MORTE. VIDA LONGA A NÓS!!!!!!!
ASS: SDPM JUNIOR
Faço minhas as palavras do anônimo acima, eu não diria palavras melhores.
Parabéns colega.
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