terça-feira, 31 de março de 2009

Molequeira

Uma matéria do portal G1 chama a atenção para o que parece ser uma demonstração de grande falta de profissionalismo por parte de guardas municipais de Ribeirão Pires-SP. O que se depreende da leitura do texto, aliado ao vídeo, é que guardas teriam abusado de um mendigo deficiente mental, espargindo agente químico em seu rosto. Regozijar-se do sofrimento alheio, aplicando dor a outrem como forma de obter prazer, é uma das compreensões do que pode ser denominado tortura. De fato, no cotidiano de guardas e policiais, muitas são às vezes em que bêbados e pedintes importunam o serviço dos agentes, às vezes de modo insistente e insuportável, motivando até uma reação mais enérgica, necessária para repelir a continuidade do ato, o que não aparenta ser o caso do vídeo, uma demonstrativa de despreparo em relação ao uso de spray de gás contra quem não apresenta indícios de ser uma ameaça real de agressão iminente. Um pedinte débil, incapaz, solicitando um copo de água, recebe como resposta a pergunta se quer gás de pimenta, borrachada ou tiro. Continua o diálogo, evidentemente sem plenas faculdades ou juízo do que está sendo discutido, até que um covarde e intenso jato é arremessado no rosto do indivíduo, seguindo-se de gargalhadas sarcásticas. As imagens foram gravadas no ano passado, mas a reportagem é atual, e o tema mais pertinente ainda, demonstrando como fatos isolados podem comprometer instituições e como condutas infantis podem arruinar carreiras (só falta dizer que neste caso é perseguição do Ministério Público, que são os "Direitos Humanos" querendo se aparecer, ou que a "polícia" hoje em dia não pode mais fazer nada). Não se estava reprimindo um ladrão, assassino, estuprador ou criminoso de qualquer natureza que ative instintos raivosos na população, era só o mau trato a um morador de rua que, pelos relatos, mantinha boas relações na vizinhança. Parabenizaria o guarda que fez a denúncia, discordando da passagem onde ele, assim como um popular entrevistado, critica o tratamento por estar sendo dado a um ser humano, e não a um bicho. O agente público que adotar conduta semelhante com um animal comete erro igual ou pior, merecendo também reprovação e repreensão.

Um comentário:

Na Moita disse...

Existe sim na prática em todos os Estados a perseguição aos policiais por parte dos Direitos Humanos, Ministério Público e que também na verdade nao querem que a polícia faça mais nada. isso é fato e quem faz parte das fileiras policiais sabem disso.
Entretanto devemos desabonar a estarrecedora situação ocorrida protagonizada pelos guardas.
Justiça neles.

 
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